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São Vicente Pallotti: 226 anos de seu nascimento

VINCENT-PALLOTT

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Padre Judinei Vanzeto - publicado em 26/04/21

Atualmente, os Palotinos estão espalhados em todos os continentes e em mais de 60 países. No Brasil, desde julho de 1886. Todos no ensejo de “reavivar a fé e reacender a caridade”

Vicente Pallotti nasceu no dia 21 de abril de 1795, em Roma, na Itália. Tinha orgulho dessa sua origem e tirou dela motivos eficazes para sua vida e apostolado. Seus pais eram Pedro Paulo Pallotti e Maria Madalena Rossi. Pequenos comerciantes da cidade de Roma, mas a sua verdadeira riqueza era a fé cristã vivida de maneira sincera. 

Desde a infância, Vicente sentiu-se chamado para a dedicação a Deus. Quis, primeiro, entrar na Ordem dos Capuchinhos, mas sua constituição física frágil o impediu. Resolveu, pois, entrar para o clero diocesano, obedecendo a um conselho de seu diretor espiritual Pe. Bernardino Fazzini. Na tenra idade tinha grande dificuldade em progredir nos estudos e sua mãe fez com ele uma novena ao Espírito Santo. Desde, então, começou a ter progresso nos estudos. Recebeu uma formação aprimorada nas ciências humanas, na filosofia e na teologia. Coroou sua formação acadêmica com o doutorado em filosofia (obtido em 1816) e em teologia (em 1818). Durante um decênio dedicou-se à vida acadêmica, como professor na Universidade Sapienza de Roma. 

Vicente Pallotti foi ordenado sacerdote no dia 16 de maio de 1818, na Basílica São João do Latrão, em Roma.  

Na verdade, o trabalho no Magistério não o satisfazia nas suas aspirações mais íntimas. Abandonou por isso, a cadeira de professor em 1829, para dedicar-se exclusivamente ao trabalho pastoral. 

Entregou-se totalmente, na humilde situação de simples padre romano, ao trabalho pastoral, recusando toda e qualquer promoção exatamente para manter-se sempre disponível a todos os fiéis. Às honrarias, preferiu a presença no meio do povo, principalmente dos mais necessitados. 

Tornou-se conhecido pelo seu empenho apostólico, pela prática da oração contínua. Sua vida de oração foi marcada por uma admirável intimidade mística com Jesus Cristo e com Maria Santíssima. A sua dedicação pastoral não tinha limites. Era confessor incansável, procurado por ricos e pobres; pregador inspirado na mesa da palavra, nas missões populares e nos exercícios espirituais. 

Dedicava especial atenção e afeto aos jovens, os órfãos e viúvas, os doentes, os soldados, os encarcerados e os condenados à morte. Na Roma de seu tempo, as pessoas tinham a impressão de que Vicente fosse onipresente. De fato, não havia iniciativa pastoral, instituição educativa e caritativa, mosteiro ou casa religiosa que não contasse com o apoio, a direção e o conselho de Vicente. 

A partir da sua forte sensibilidade pela presença de Cristo Eucarístico, após a celebração, em 9 de janeiro de 1835, recebe a inspiração da Fundação: Pia Sociedade do Apostolado Católico. Esta inspiração divina deu-lhe uma certeza em seu coração que o impulsionava ao cumprimento de forma radical e confiante; esta foi a força motriz na Fundação da União do Apostolado Católico (UAC).

O pano de fundo de seu carisma consiste em “reavivar a fé e reacender a caridade em todas as pessoas”, tendo presente o protagonismo dos leigos e leigas, na força do batismo recebido, na comunidade e na sociedade.

Pallotti queria que todos fizessem parte da UAC – bispos, padres, irmãos, irmãs, leigos e leigas. E nesse sentido fez um Apolo ao Povo de Roma que vale para todos os tempos: “Todos, grandes e pequenos, formados, estudantes, operários, ricos e pobres, padres, leigos, religiosos e seculares, comerciantes e empresários, funcionários, artistas e artesãos, comunidades e indivíduos, cada qual no seu próprio estado, na própria condição, de acordo com os próprios dons, podem dedicar-se às obras do Apostolado Católico para reavivar a fé, reacender a caridade e propagá-las em todo o mundo”.

Tendo consumido suas forças físicas para consolar e fortalecer os outros, morreu, na mesma cidade em que nascera, em 22 de janeiro de 1850. Sua fama de santidade não permaneceu uma impressão privada, mas foi confirmada pela Igreja com sua beatificação no dia 22 de janeiro de 1950 por Pio XII e com a sua canonização o dia 20 de janeiro de 1963, por João XXIII, em pleno Concílio Ecumênico Vaticano II (1962-1965).

Atualmente, os Palotinos estão espalhados em todos os continentes e em mais de 60 países. No Brasil, desde julho de 1886. Todos no ensejo de “reavivar a fé e reacender a caridade”, conforme o carisma de seu fundador! 

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