Limite imposto pelo governo ao culto é abusivo e desproporcional, denunciou dom Víctor Manuel Fernández, arcebispo de La Plata, na Argentina, em relação ao máximo de 10 pessoas permitidas por Missa naquele país. Ainda por cima, as missas com o máximo de 10 fiéis presentes só podem ser celebradas ao ar livre.
Em carta, o prelado questionou o embasamento dessa determinação do governo de esquerda chefiado por Alberto Fernández e Cristina Kirchner.
O arcebipo escreveu à sede do gabinete de governo de Buenos Aires enfatizando que o clero e as comunidades católicas têm respeitado com estrita observância todas as medidas preventivas vigentes para reduzir as taxas de infecção pelo coronavírus.
Ele também declarou o seu “estranhamento” com o fato de que o culto religioso seja considerado mais perigoso para a saúde pública do que os eventos esportivos.
Limite imposto pelo governo ao culto é abusivo
Dom Víctor escreveu:
“Não estamos pedindo que olhem para os atos de adoração a partir da perspectiva da fé. Mas, de um ponto de vista meramente humano, pode-se perceber que 20 ou 30 pessoas que guardam dois metros de distância uma da outra durante uma missa a céu aberto não representam risco de contágio.
Caso se deseje agir de uma forma realmente razoável e científica, então o racional seria distinguir entre os atos de adoração e outros tipos de reunião e permitir que um número maior de pessoas torne a regra realmente praticável”.
Polícia chegou a interromper Primeira Comunhão ao ar livre
Na semana passada, causou indignação internacional a notícia de que dois policiais argentinos interromperam a celebração de uma Missa de Primeira Comunhão ao ar livre na cidade de Temperley.
O sacerdote se recusou a interrompê-la e argumentou que a legislação permite reuniões religiosas ao ar livre com até 30% da capacidade do local, medida que estava sendo observada.
As contradições entre diversas medidas impostas pelo governo argentino são tamanhas que a confusão a este respeito é generalizada.
Veja mais no artigo recomendado abaixo.