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Meninas abortadas na Índia: 22 milhões em 29 anos

Aborto

Ivanko80 | Shutterstock

Reportagem local - publicado em 10/05/21

Este assunto não costuma aparecer nas estridentes pautas do feminismo radical. Por quê?

Meninas abortadas na Índia: o resultado numérico do extermínio seletivo e proposital de bebês em gestação naquele país pelo simples fato de serem meninas ceifou nada menos que 22 milhões de vidas em 29 anos, entre 1987 e 2016.

Os números vêm de uma pesquisa divulgada em abril deste ano pela revista The Lancet.

Na sociedade indiana, é visto como aceitável abortar meninas porque, segundo uma das milhares de tradições que regem o cotidiano da nação, os pais de uma moça devem pagar um vultoso dote ao noivo para que o casamento possa acontecer.

Além disso, as famílias da Índia consideram que um filho homem terá melhores condições de cuidar dos pais quando forem idosos.

Juntamente com esses fatores econômicos, pesa bastante o costume hinduísta pelo qual é o filho homem quem realiza nessa religião os ritos pelas almas dos pais e familiares falecidos.

Meninas abortadas na Índia: 22 milhões em 29 anos

Esse conjunto de motivos fez com que o número de abortos de meninas explodisse na Índia desde que o exame pré-natal permitiu saber antecipadamente qual será o sexo do bebê em gestação.

As estimativas de abortos de meninas na Índia giram em torno dos 550 mil por ano, conforme declarações do presidente do Population Research Institute, Steven Mosher.

No entanto, este assunto não costuma aparecer nas estridentes e raivosas pautas dos grupos militantes do feminismo radical. Parece que não é só o aborto de meninas na Índia que é “seletivo”. É o caso de perguntar por quê.

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