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Católica indiana com graves doenças cede oxigênio a enfermo de covid-19

Oxigênio para doentes de covid na Índia

Yogesh Kumar / The Times Of India / The Times of India via AFP

Francisco Vêneto - publicado em 11/05/21

A família tem vendido bens para ajudar outros doentes a literalmente poderem respirar

Católica indiana com graves doenças cede oxigênio a enfermo de covid-19 e seu testemunho impacta as redes sociais: Rosy Saldanha, de 52 anos, sofre de diabetes, tem uma leve paralisia desde que ficou em coma em 2016 devido a uma hemorragia cerebral e faz diálise três vezes por semana porque seus rins entraram em colapso. Ela pesa hoje 40 quilos e corre alto risco de infecções.

Apesar de toda a delicadeza da sua situação de saúde, Rosy declarou ao marido, Pascal Saldanha:

“Não se preocupe comigo. Se eu vivo ou morro, é um presente de Deus. Vamos salvar a vida dos enfermos”.

Ela então fez questão de renunciar ao seu cilindro de oxigênio para que ele servisse a um doente de covid-19 em Mumbai, na Índia, onde o casal mora.

A Índia se tornou no mês passado o epicentro mundial da pandemia, superando marcos assustadores como 400 mil novas infecções em 24 horas e chegando a ultrapassar 8.000 mortes em 2 dias na semana passada. O patamar de novos contágios segue acima dos 360 mil por dia e a média diária de mortes no país prossegue acima de 3.500.

Neste cenário trágico, a falta de oxigênio nos hospitais é um dos muitos fantasmas que assombram a descomunal população de mais de 1 bilhão e 300 milhões de pessoas.

Católica indiana com graves doenças cede oxigênio a enfermo de covid-19

Quem relatou a decisão de Rosy foi seu esposo Pascal, entrevistado pela agência católica Asia News.

“Em 18 de abril, no meio da segunda onda da pandemia do coronavírus, minha amiga de infância Rafique Siddiqui me disse que uma professora da Holy Mother English School, onde ela é diretora, não conseguia oxigênio para o seu marido infectado pela covid. Quando eu contei isso à minha esposa Rosy, ela resolveu doar a Shabana Malik o cilindro de oxigênio que nós mantemos em casa para casos de emergência”.

A própria Rosy também trabalhou numa escola, a Xavier School, em Borivali, mas precisou deixar seu trabalho por causa da enfermidade. Desde que começou seu tratamento, a família já gastou 225.500 euros entre médicos, remédios e atendimentos hospitalares. Pascal tem uma empresa de organização de eventos e casamentos, mas a pandemia afetou drasticamente esse mercado, dificultando a situação financeira da família. Eles tiveram de vender uma propriedade para custear o tratamento de Rosy.

Apesar disso, a mãe de família declara:

“Estou doente, mas nós temos que ajudar quem está em dificuldades, temos que fazê-los felizes. Nossos filhos Anselm e Shalom nos incentivam a ajudar os outros”.

Rosy insistiu para que Pascal vendesse suas joias e comprasse mais cilindros de oxigênio para… doá-los. Além do cilindro que foi dado ao marido de Shabana, eles doaram outros sete. Ainda dispostos a ir além, eles querem vender um gerador de eletricidade para ajudar cerca de 35 outros doentes.

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