Pouco antes de morrer, Santa Mônica estava com seu filho (Santo Agostinho) em um albergue em Óstia, um porto antigo de Roma, esperando um barco que os levaria a Cartago. Foi quando eles tiveram um magnífico diálogo. Debruçados em uma janela, começaram a conversar sobre Deus e as coisas do céu. Naquele momento, os dois experimentaram um estado de êxtase, o que confirma a santidade de ambos.
Santo Agostinho narrou o acontecimento no livro “Confissões”:
Pouco tempo depois, Mônica morreria por causa de uma febre muito alta, talvez provocada pela malária. Ela pediu aos filhos que a enterrassem onde quisessem, sem terem pena ou dor, mas que a recordassem onde quer que estivessem, no altar do Senhor.
Durante séculos, seu corpo foi venerado na Igreja de Santa Áurea de Óstia. Em 1430, as relíquias de Santa Mônica foram trasladadas para a Igreja de Santo Agostinho, em Roma, e colocadas em um sarcófago artístico esculpido por Isaías da Pisa.
Além dos restos mortais da santa, ali se encontram obras de Guercino, Raffaello e Caravaggio, como a belíssima “Virgem dos peregrinos.
“A senhora me gerou duas vezes”, disse Santo Agostinho à sua mãe. Ele se referia à vida dele e ao resgate da sua fé, um trunfo de Santa Mônica. A tenacidade, doçura e sensibilidade de Mônica a transformaram em padroeira das mães e das mulheres casadas. Sua festa acontece no dia 27 de agosto, dia anterior à de seu filho que, por uma singular coincidência, morreu em 28 de agosto de 430.