A 74ª Assembleia Mundial da Saúde nomeou a Santa Sé como "Estado observador não-membro da Organização Mundial da Saúde (OMS)". A medida é um reconhecimento oficial do papel do Vaticano em questões ligadas à saúde no mundo.
De acordo com o Vatican News, a medida "testemunha o apreço da comunidade internacional pelas obras da Igreja no campo da saúde, da caridade e da assistência às pessoas necessitadas, e o compromisso da Santa Sé com a promoção do diálogo multilateral no mundo. Assim como o compromisso da família das nações de enfrentar, através do diálogo e da solidariedade internacional, os desafios globais de saúde que afligem a humanidade."
Desde 1948, a Organização Mundial da Saúde dirige e coordena a política internacional de saúde dentro do sistema das Nações Unidas. A Assembleia da OMS afirma que seu objetivo principal é “a obtenção por todos os povos do mais alto nível de saúde possível”.
A resolução autoriza a Santa Sé a participar no debate geral da Assembleia Mundial de Saúde, a levantar questões de ordem relativas a quaisquer procedimentos que envolvam a Santa Sé e a co-patrocinar projetos de resoluções e decisões que façam referência à Santa Sé. No entanto, o Estado observador não-membro não tem direito a voto nem a apresentar candidatos para os cargos da OMS.
Na 73ª Assembleia Mundial da Saúde realizada em Genebra no ano passado, o arcebispo Ivan Jurkovič pediu à OMS uma renovada solidariedade e cooperação internacional para enfrentar as crises de saúde provocadas pela pandemia COVID-19 .
Em seu discurso, ele reiterou o apelo do Papa Francisco para que “os mais vulneráveis de nossos irmãos e irmãs que vivem nas cidades e periferias de todas as partes do mundo, não sejam abandonados”.
Como representante da Santa Sé, ele pediu a flexibilização das sanções e embargos internacionais para permitir a assistência humanitária. Ele também pediu a distribuição equitativa de tratamentos e vacinas.
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