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Quando renunciar à própria vontade em prol dos outros?

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CC7 | Shutterstock

Carlos Padilla Esteban - publicado em 03/06/21

Renunciar para que outros tenham vida e cresçam em seu caminho é o segredo da vida verdadeira. Mas como fazer isso de forma equilibrada?

O amor é o único que nos torna capazes de renunciar aos nossos próprios desejos por um bem maior.

Uma mulher dizia ao seu esposo: “Quero amá-lo como Deus o ama. Quero cuidar de você durante toda a minha vida, como Ele cuida, ajudá-lo a caminhar. Quero que você seja feliz. Quero me doar sem reservas, cada dia. Quero viver cada dia como uma menina que confia, passar cada dia fazendo o bem, como Jesus”.

O amor verdadeiro é assim, é o amor que nos faz crescer. É esse amor pelo qual é possível renunciar à minha vontade para tornar realidade a vontade do outro, a quem amo.

Plenitude

Esse amor torna meus os desejos de outra pessoa. Esse amor nos faz compreender que a renúncia, o sacrifício, a entrega desinteressada fazem parte do caminho verdadeiro que nos torna plenos.

Renunciar a nós mesmos em prol do outro é uma fonte de vida. Renunciar para que outros tenham vida e cresçam em seu caminho. Nisso consiste a vida verdadeira.

Não é fácil. Porque às vezes nos atamos a desejos pequenos e imediatos. Vivemos o presente como uma realidade eterna. Não queremos deixar de viver o que hoje queremos. É custoso tornar-nos responsáveis pelas consequências dos nossos atos.

Nossa vontade tem de nos levar a amar mais e melhor, com mais profundidade e maturidade. Se nos deixamos levar pelos desejos do mundo, caminhamos sem rumo, sem horizonte verdadeiro. Se colocamos nosso desejo em Deus, chegamos mais longe.

Sentimentos de Jesus

Querer os sentimentos de Jesus para a nossa vida é um salto audaz e corajoso. É desejar que seus desejos sejam os nossos, os que brotam do seu coração, do mais profundo do seu ser.

O que Jesus desejava no fundo da alma? Ele tinha sentimentos de amor, misericórdia, humildade. Jesus desejava dar a vida e que os homens vivessem para Deus. Nós muitas vezes vivemos de costas para Deus. Não o escutamos, não seguimos seus passos.

Ter os sentimentos de Jesus nos leva a caminhar com Ele, como Ele, nele. Supõe unir nosso coração ao seu para sempre. Como dizia Santo Agostinho: “inscrição do coração no coração de Cristo”.

Que nosso coração esteja inscrito no do Senhor! Assim, seu amor viverá em mim. Seus desejos serão os meus. Eu não pensaria como o mundo pensa.

Querer o que Jesus quer. Querer viver nele e descansar em seus braços. Seus sentimento, meus sentimentos. Desejar seu fogo e sua vida. Sua entrega e sua renúncia.

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