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O problema de ficar rotulando as pessoas

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Zuzanna Górska-Kanabus - publicado em 11/06/21

A tendência de julgar e rotular muitas vezes está presente no nosso modo de pensar e olhar para os outros

Bom. Mau. Fantástico. Sem esperança. Gordo. Estúpido. Fracassado. A maioria das pessoas julga e rotula outras pessoas. Olhe para você mesmo. Muitas vezes você faz isso sem saber e inconscientemente. Você é um juiz consumado, tanto em seus pensamentos como em voz alta.

Embora todos nós desejemos parecer tolerantes, a tendência de examinar ou mesmo julgar está presente muito frequentemente em nossa maneira de pensar e olhar para os outros.

Por que julgamos e rotulamos?

É difícil dizer de onde essa tendência vem e provavelmente não tem uma causa única. Nossa cultura de competição pode ser a culpada. Desde a infância somos julgados e comparados. Aprendemos que alguém é melhor e outra pessoa é pior. As escolas promovem habilidades específicas, e no trabalho devemos alcançar resultados específicos.

A cultura ou a sociedade promovem certo tipo de estilo de vida e conquistas. As pessoas que não se encaixam nas formas dominantes são, muitas vezes, descritas como pior, perdedoras ou inapropriadas. Você tem que ter um espírito muito forte para não sucumbir a esses julgamentos e não olhar para si mesmo através do prisma dos rótulos que lhe são dados, e para evitar cair no padrão típico de comparação e julgamento.

Autoestima

Outra razão para julgamentos pode ser a sua própria autoestima. Começa em casa. Pessoas de famílias problemáticas (situações de alcoolismo, violência ou pais ausentes emocionalmente) trazem bagagem de vergonha, sensação de rejeição, insegurança e falta de amor quando adultos.

Aqueles que são julgados geralmente julgam os outros mais facilmente. Tudo graças ao mecanismo de modelagem, que envolve a reprodução dos padrões observados no meio ambiente. Isso funciona sobre nós subconscientemente.

Como parar de julgar e rotular?

Se você julga facilmente, dizer “A partir de agora, não vou mais julgar os outros”, é o tipo de declaração que não faz sentido. Ao invés disso dê uma olhada profunda dentro de si mesmo.

Quanto medo você sente quando você é julgado?

Você tem medo de deixar alguém para baixo?

Tem medo de ser rejeitado, abandonado ou ignorado?

As pessoas que carregam esses medos têm uma maior tendência a julgar os outros do que aqueles que são livres deles. Então, examine-se e veja se você poderia ser guiado por tais medos. Se você descobrir alguns, não lute com eles. No início, simplesmente os aceite. Lembre-se de que o amor próprio (o saudável, não egoísta) começa com a aceitação de si mesmo como você é, com todas as suas falhas e recursos.

Pense nisso.

Quanto você gosta de você? Quanto você se ama? Pense, você só pode amar os outros quando você se ama. Se você não se ama, não pode realmente amar outras pessoas.

Quanto você aceita suas falhas? Você é compassivo com você mesmo?

Um exercício

Se você é como a maioria das pessoas, você provavelmente sabe bem o que está errado em você, o que não funciona, o que é culpa sua. Você vê o que está faltando, ao invés de ver o que é bom. Se você quer mudar isso, então faça esse exercício simples (embora não fácil).

Pegue um pedaço de papel e anote 10 coisas que você gosta sobre você, coisas em que você é bom, até mesmo fantástico. Pense sobre suas qualidades, habilidades, talentos. Você pode escrever coisas que você sabe como fazer muito bem, mesmo as mais pequenas. Ou aqueles que vêm facilmente para você (esses são os talentos). Você também pode escrever o que quiser sobre a forma como você parece.

Quando você listar as 10 coisas, adicione mais 15. Acredite em mim; todos podem encontrar 25 incríveis qualidades ou habilidades. Você apenas precisa de algum tempo para isso; você não pode fazer isso em uma noite. Encorajo você a enfrentar o desafio e aproveitar seu tempo. Volte para essa lista, leia novamente, preencha as partes faltantes. Aprecie você mesmo, aprecie os outros e veja como sua maneira de ver as pessoas ao seu redor muda.

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