Um homem engolido por uma baleia sobreviveu nos EUA para contar a história, com ênfase no que pensou quando estava dentro da boca do animal nas proximidades de Provincetown, em Massachusetts:
Michael Packard é um experiente mergulhador e pescador de lagostas que, na manhã da última sexta-feira, 11 de junho, foi surpreendido por uma baleia jubarte. Ele conta que sentiu um solavanco e, de repente, "tudo ficou escuro".
Era o seu segundo mergulho do dia e Michael estava a cerca de 15 metros abaixo da superfície. Num primeiro momento, o pescador de 45 anos achou que estava na boca de um grande tubarão-branco, animal comum na região. Ele não notou, porém, nenhum ferimento de dentes afiados.
Em declarações à televisão depois de receber alta do Hospital Cape Cod, ele disse:
Michael, que continuava respirando graças ao equipamento de mergulho, estima que esteve na boca da baleia durante pouco mais de 30 segundos. Ele conta, porém, que sentia o tempo todo o "aperto" provocado pelos músculos da boca do animal.
Entretanto, o fato é que aquele dia, que, aliás, era o do Sagrado Coração de Jesus, não seria o último de Michael nesta terra - ou neste mar.
Josiah Mayo, outro pescador que estava no barco de Michael, viu quando a baleia veio à tona e lançou o companheiro para cima. O mais rápido que pôde, Josiah resgatou Michael da água e em seguida se comunicou por rádio com o píer de Provincetown, para onde retornou imediatamente.
Assim que chegaram ao cais, já havia uma ambulância aguardando para levar o mergulhador ao hospital, de onde Michael foi liberado ainda na tarde da sexta-feira. Ele sofreu apenas alguns hematomas e danos nos tecidos moles das pernas.
Literalmente uma história de pescador, o caso extraordinário virou manchete em telejornais norte-americanos e em redes de notícias do mundo todo, como a BBC:
O episódio recorda inevitavelmente a história fictícia de Pinóquio e Gepeto, que se reencontraram no ventre de um imenso monstro marinho após uma longa série de desventuras, mas também evoca um dos mais peculiares relatos da Sagrada Escritura: a história de Jonas, que também sobreviveu após ser engolido por uma baleia.
O caso de Jonas é registrado, aliás, não só pela Bíblia, mas também pelo Alcorão. Segundo a tradição islâmica, os seus restos mortais foram sepultados em Mossul, no Iraque. Seu túmulo era um popular destino de peregrinação até que, em 2014, foi destruído pelos fanáticos jihadistas do Estado Islâmico.
Os terroristas instalaram explosivos dentro e ao redor do monumento e, em cerca de uma hora, dinamitaram o túmulo e a mesquita que existia junto a ele, além de danificar diversas casas da vizinhança com a força da explosão.