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A Igreja não pretende vender o histórico hospital Fatebenefratelli

Isola Tiberina

Ma. Paola Daud

Francisco Vêneto - publicado em 17/06/21

Mídia havia divulgado a venda por 200 milhões de euros do hospital que é dirigido por frades desde o século XVI

A Igreja não pretende vender o histórico hospital Fatebenefratelli, situado na célebre Ilha Tiberina, em plena Roma. O renomado hospital, que tem serviços de qualidade amplamente reconhecida principalmente em ginecologia e obstetrícia, pertence à Ordem Hospitaleira de São João de Deus e é dirigido pelos frades desde o século XVI.

A propósito, não deixe de conhecer a interessantíssima história da “Síndrome K”, uma esperta estratégia do hospital para salvar judeus da ameaça nazista durante a Segunda Guerra Mundial. Você pode acessar essa história ao final deste artigo.

A mídia italiana divulgou neste mês que o hospital Fatebenefratelli seria vendido por 200 milhões de euros ao grupo empresarial milanês San Donato.

A Igreja não pretende vender o histórico hospital Fatebenefratelli

Segundo o jornal L’Espresso, a proposta não teria prosperado por diversas razões ligadas aos termos da negociação.

O fator mais relevante, porém, seria a intenção da Igreja de reorganizar a gestão dos seus hospitais e evitar a necessidade de vendê-los – o que já é um desafio monumental em tempos normais devido aos pesados custos de se manterem altos padrões de qualidade de atendimento; em tempos de pandemia, esse desafio se torna ainda mais gigantesco.

Mesmo em meio aos muitos desafios, sobretudo econômicos, a ação cristã junto aos doentes é uma parte essencial da missão da Igreja.

A imprescindível atuação católica na área da saúde

O Vaticano já administra o maior hospital pediátrico da Europa, o Bambino Gesù, cuja excelência é mundialmente reconhecida.

Mediante uma vasta gama de congregações e ordens religiosas, tanto masculinas quanto femininas, a Igreja também sustenta uma rede internacional de hospitais, maternidades e clínicas cuja importância para a humanidade é simplesmente incalculável.

Há milhares de locais em todo o planeta que, mesmo atualmente, só contam com a existência de hospitais porque alguma ordem católica os criou e os gerencia, em convênios tanto com o sistema público de saúde quanto com parceiros privados.

Uma das ordens católicas mais conhecidas pela ação cristã junto aos enfermos é a dos padres camilianos, cujo fundador, São Camilo, viveu uma trajetória eletrizante de conversão, saindo do vício para a virtude e ascendendo da miséria humana para a misericórdia divina. Sua história fora de série também pode ser acessada ao final desta matéria.

Quanto à Ordem de São João de Deus, ela conta hoje com cerca de mil membros entre noviços e professos cuja média de idade está em 60 anos. Procedentes de 48 países, eles se espalham hoje em 22 províncias, 6 delegações provinciais e uma delegação geral.

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