Depois de 15 meses de pandemia, durante os quais grande parte das peregrinações teve que ser adiada, o Caminho de Santiago de Compostela volta a acolher os fiéis.
A rota de peregrinação, que remonta ao século 8 e se estende por cerca de 800 quilômetros na Europa, teve um ano difícil em 2020. O número de peregrinos que caminharam em qualquer trecho do percurso caiu de cerca de 340.000 anualmente para menos de 50.000, segundo a agência Associated Press. Os poucos peregrinos que seguiram o trajeto o fizeram no verão europeu de 2020, quando a Espanha relaxou brevemente as restrições.
O Caminho de Santiago rastreia e monitora quantos fiéis passam pela rota por meio da Recepção de Peregrinos. O escritório emite certificados de conclusão para aqueles que fazem a peregrinação.
Em entrevista à AP, o arcebispo de Santiago de Compostela Julián Barrio comentou que pode haver até 300.000 peregrinos no Caminho em 2021. Ele disse:
“O Caminho de Santiago, neste sentido, pode nos ajudar. É um espaço que nos ajuda a recuperar a nossa paz interior, a nossa estabilidade, o nosso espírito, de que sem dúvida todos necessitamos, dadas as dificuldades que temos para enfrentar a dor e os estragos da pandemia que por vezes nos deixam sem palavras ”.
O ano de 2021 será um ano de recuperação para o Caminho de Santiago, mas 2022 pode vê-lo florescer mais uma vez. Isso porque o Papa Francisco anunciou que o Ano Santo de São Tiago de 2021 foi estendido até 2022. Durante um ano sagrado, o Caminho tem historicamente visto um número maior de peregrinos participando.
O Ano Santo ocorre apenas quando a festa de São Tiago (25 de julho) cai em um domingo. Durante esse tempo, as Portas da Misericórdia (ou Porta Santa) da Catedral de Santiago de Compostela ficam abertas. É a única ocasião em que os fiéis podem entrar na catedral pelas Portas Sagradas, que sempre atrai multidões.