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Escolas católicas acolhem refugiados após brutal massacre de jihadistas

FIRST COMMUNION Burkina Faso

Aid to the Church in Need

Francisco Vêneto - publicado em 21/06/21

"A tragédia de Solhan é o ataque mais sangrento que o país já viu"

Escolas católicas acolhem refugiados após brutal massacre de jihadistas na aldeia de Solhan, em Burkina Faso, no início deste mês. O covarde atentado foi perpetrado por pistoleiros vinculados aos bandos terroristas Al Qaeda e Estado Islâmico.

Eles mataram cerca de 160 pessoas, entre crianças, mulheres e homens, e deixaram mais de 40 feridos, além de aumentarem para mais de 3.300 o total de pessoas obrigadas a abandonar a própria casa e se refugiar em vilarejos do sul do país.

A Associação dos Irmãos das Escolas Cristãs, ligada à rede lassalista, vem acolhendo os refugiados em suas escolas.

Escolas católicas acolhem refugiados

Ao longo dos últimos três anos, esta ONG também apoiou os deslocados internos e as famílias locais que os acolhem, oferecendo-lhes assistência psicológica, alimentos, artigos de higiene e bolsas de estudo e formação para crianças, jovens e mulheres. As iniciativas são viabilizadas pelos parceiros e doadores da rede Lasallian International.

O irmão Julien Diarra, de 51 anos, natural de Burkina Faso e visitador provincial da congregação para a África Ocidental, resumiu este massacre de jihadistas em declarações ao Vatican News:

“A tragédia de Solhan é o ataque mais sangrento que o país já viu”.

Ele comentou:

“Burkina Faso é um país multirreligioso e multiétnico, antes conhecido pela coesão social, pela hospitalidade e pelos habitantes alegres. Muitos casais burquineses são inter-religiosos e interétnicos, ou seja, a população sempre viveu em tolerância e paz. Mas a partir de 2015, o nosso país tem sofrido diversos ataques terroristas que já causaram muitas vítimas civis e militares, deslocamento maciço de populações, fechamento de escolas e centros de saúde, assim como estruturas administrativas”.

Massacre de jihadistas traumatiza Burkina Faso

De fato, 2.227 escolas já foram fechadas no país, o que impede mais de 300 mil crianças de terem acesso à educação. Além disso, 321 centros de saúde pararam de funcionar, deixando mais de 800 mil pessoas sem assistência.

O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) confirma que o terrorismo está causando no país uma crise humanitária sem precedentes. Estima-se que haja mais de 1,2 milhão de deslocados internos.

O cotidiano em Burkina Faso está compreensivelmente tenso, marcado pelo trauma e pelo medo, particularmente após este último pelo massacre de jihadistas. Governos estrangeiros incluíram praticamente todas as regiões do país nas listas de máxima restrição de viagens devido à insegurança.

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