Jesus e a riqueza: como é esta relação? É verdade que Ele condena quem guarda dinheiro?
Há quem tergiverse as palavras d’Ele no Evangelho para induzir a narrativas ideológicas sobre sistemas sócio-econômicos de esquerda ou de direita, em vez de ater-se àquilo que Jesus efetivamente declarou no correto contexto.
Uma das frases mais frequentemente citadas para demonizar a assim chamada “riqueza material” é aquela em que o Mestre nos instrui a não acumular tesouros na terra: Ele deixa claro que o acúmulo como fim em si mesmo é contrário ao Evangelho, mas não está afirmando que não se deve dispor de recursos próprios como meios para uma vida digna.
Jesus e a riqueza
A respeito desta mesma passagem, o pe. Gabriel Vila Verde comentou em sua rede social:
Jesus nos pede para ajuntar tesouros no céu e não na terra, pois na terra os ladrões roubam e a traça corrói. Estaria Jesus condenando quem guarda dinheiro? Vamos entender!
Jesus não poderia condenar a simples economia, pois o grupo dos apóstolos tinha um caixa comum (Jo 12,6). Economizar é um dever de toda pessoa responsável. Confiamos na providência, mas também fazemos a previdência.
O que Jesus condena é a usura, o acúmulo desmedido e desnecessário, onde a pessoa coloca suas esperanças na riqueza, sem lembrar que um dia irá morrer, deixando tudo para trás e levando apenas as boas obras. O dinheiro tem poder de sedução, e quem faz dele um ídolo acaba por desprezar as verdadeiras riquezas do Céu.
Como dizia o grande Santo Antônio, quem tem usura sempre está triste, porque adquire com trabalho, guarda com temor e perde com dor!
Ainda sobre o equilibrado e saudável uso dos meios materiais por parte de um cristão, não deixe de ler o seguinte artigo sobre o que diz a Bíblia a propósito de dinheiro: