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5 clássicos da literatura sobre epidemias

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Octavio Messias - publicado em 27/06/21

Livros nos ajudam a refletir sobre o cenário de contágio e isolamento

Estas são 5 obras monumentais da literatura que se passam em contextos de epidemia, como o atual. Livros que, além de também terem construído o fundamento da literatura que temos hoje, foram capazes de retratar, ou ao menos de imaginar, muito do que estamos vivendo hoje. Qualquer semelhança com a realidade é puro brilhantismo do autor.  

1. Morte em Veneza (1912), de Thomas Mann

Na Europa pré-guerra, uma epidemia de cólera brota dos canais de Veneza, fato que as autoridades tentam abafar com o intuito de não prejudicar o turismo. É quando chega o protagonista Gustav von Aschenbach, escritor alemão, um esteta, que terá o cheiro pútrido dos canais como obstáculo em sua busca pelo belo. Depois o contexto de um sanatório reapareceria na obra de Mann em A Montanha Mágica (1924), título mais célebre do autor alemão.

2. A Peste (1947), de Albert Camus

Segundo título mais importante na obra do escritor franco-argelino, autor de O Estrangeiro, foi novamente alçado a best-seller com a epidemia do novo Coronavírus. A cidade argelina de Orã é tomada pela peste bubônica, transmitida de ratos para os humanos, e o autor constrói uma alegoria da vida em isolamento e da opressão social, em clara referência à Europa sitiada pelos nazistas.   

3. Amor nos Tempos do Cólera (1985), de Gabriel Garcia Márquez

Também o livro número dois na obra do prolífico autor colombiano, narra o desenlace romântico entre Florentino e Fermina, história de amor que demorou 53 anos para se concretizar, tendo um surto de cólera que toma conta da cidade como um dos seus empecilhos – além de Juvenal, médico epidemologista que combate a epidemia e se casa com ela.

4. Floradas da Serra (1982), de Dinah Silveira de Queiroz

Em momento em que a tuberculose era conhecida como a peste branca – ou como a doença dos poetas, tendo vitimado Álvares de Azevedo, Casimiro de Abreu e Manuel Bandeira, entre tantos outros –, os pacientes de um sanatório em Campos do Jordão refletem sobre a vida, o isolamento, a morte e o amor.  

5. Ensaio sobre a Cegueira (1995), de José Saramago

Magnus opus da obra do português que três anos depois seria laureado com o prêmio Nobel de literatura, retrata a opressão do estado e o colapso das instituições sociais com a epidemia de uma nova doença, a “cegueira branca”, usada pelo autor como metáfora para a cegueira com relação às mazelas sociais no mundo contemporâneo.  

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