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Músicas nostálgicas disparam na quarentena

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Octavio Messias - publicado em 28/06/21

Levantamento do Spotify mostra que estamos olhando para o passado

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Neste período de quarentena, em que passamos tanto tempo em casa, muitas vezes com excesso de tempo em nossas mãos, é comum que olhemos para o passado. Afinal, o mundo como o conhecíamos está em suspenso, sabe-se lá por quanto tempo, e faz sentido olharmos para trás a fim de entendermos como aqui chegamos.

Segundo levantamento publicado pelo serviço de streaming de música Spotify, houve um aumento de 54% no consumo de playlists de músicas antigas no início da pandemia. Ou seja, desde que começamos a nos distanciar, começamos a olhar para trás.

Entre as faixas que voltaram com tudo estão Tempo Perdido, da Legião Urbana, Bohemian Rhapsody, do Queen, Apenas Mais um Amor, de Lulu Santos, Sweet Child O’ Mine, da banda Guns N’ Roses, e o hit oitentista Girls Just Wanna Have Fun, de Cyndi Lauper.

Segundo especialistas, faz sentido que queiramos voltar a uma época em que nossas vidas pareciam mais simples e que sentíamos que exercíamos mais controle sobre o que estava ao nosso redor. Eu mesmo, no confinamento, fiquei olhando para o passado, lembrando-me de gente de quem eu não lembrava há tempos, fazendo contato com amigos de infância, redescobrindo minha família. 

Foi como se a minha vida se dividisse em vários capítulos, entre infância e adolescência, a época da faculdade, diferentes pessoas com que me relacionei, diversas empresas por onde passei. Agora, olhando para trás, minha vida parece em uma espécie de limbo entre capítulos específicos, que já passaram, e o momento atual, no qual é impossível viver, por exemplo, como vivíamos um ano atrás. Como se fosse um capítulo ainda a ser escrito, como de fato é. 

Às vezes, sem perceber, ainda me vejo revirando discos antigos, escutando músicas de antigamente, não pelo que aquelas canções para mim significam, mas pelos momentos que elas me trazem de volta. É como se cada canção antiga que escuto me levasse a um momento específico da minha vida. Ontem ouvi a Garota, de Alípio Martins, e voltei, ao menos afetivamente, a uma época em que vivi um amor que parece ter sido de séculos atrás. Também foi difícil não chorar ao som de Samba Chorado, dos Originais do Samba, que com sua cuíca remete às minhas memórias mais antigas, da época da Copa do Mundo de 1986.

No entanto, é preciso ter cautela. O que me leva ao versículo 23 do livro 10 de Jeremias: “Eu sei, Senhor, que não estás nas mãos do homem o seu futuro; não compete ao homem dirigir seus passos”. Não é hora de querer ter controle, as circunstâncias pedem que ouçamos atentamente o que Deus ou o Universo estão querendo nos dizer. É preciso ter coragem e confiança para acreditar que a mesma pessoa que te levou até aqui, que superou tantas fases difíceis na vida, estará pronta para outras mais. 

Assim poderemos superar o passado e, a partir do capítulo da história que ainda há de ser escrito, nos transformarmos em um novo eu, prontos para escrever o capítulo seguinte, ainda que esteja em aberto. 

Novas canções ainda hão de embalar nossos velhos corações. 

Tags:
ArteCovidInteligencia emocionalMúsicaRelacionamento
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