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5 tipos de oração que vão mudar a sua vida

CHURCH

Pascal Deloche | Godong

Philip Kosloski - publicado em 30/06/21

São formas de comunicação com Deus baseadas nos relatos da Bíblia

A oração nem sempre surge naturalmente; um esforço constante. Talvez seja por isso que nós não aprendemos outras formas de orar, além do Terço e de outras orações principais.

Mas, se você sente que sua vida de oração não vai a nenhum lugar, a melhor coisa é recorrer à Bíblia. Os Salmos são alguns dos maiores tesouros no que se refere à oração pessoal. O próprio Jesus utilizava os Salmos para rezar, como aconteceu no momento em que ele estava na cruz.

O Catecismo da Igreja Católica explora com mais profundidade este tema e destaca cinco tipos diferentes de oração, que se encontram na Sagrada Escritura. Essas formas de oração são baseadas na revelação e na experiência dos relatos bíblicos.

Bênção e adoração

O Catecismo descreve a bênção como uma oração que exprime o movimento de fundo da oração cristã: ela é o encontro de Deus com o homem; nela se encontram e unem o dom de Deus e o acolhimento do homem. A oração de bênção é a resposta do homem aos dons de Deus: uma vez que Deus abençoa, o coração do homem pode responder bendizendo Aquele que é a fonte de toda a bênção” (Catecismo 2626).

O Pai-Nosso contem bênçãos deste tipo, quando dizemos “santificado seja o vosso nome”. Outro exemplo desta oração pode ser encontrado em Daniel 3.

A adoração está estritamente ligada à bênção. O Catecismo descreve essa forma de oração como “a primeira atitude do homem que se reconhece criatura diante do seu Criador. Exalta a grandeza do Senhor que nos criou e a omnipotência do Salvador, que nos liberta do mal. É a prostração do espírito perante o «Rei da glória» e o silêncio respeitoso face ao Deus «sempre maior». A adoração do Deus três vezes santo e soberanamente amável enche-nos de humildade e dá segurança às nossas súplicas” (Catecismo 2628).

Oração de petição

Talvez seja o tipo de oração mais conhecido. Consiste em um vocabulário “de súplica, rico de matizes no Novo Testamento: pedir, reclamar, chamar com insistência, invocar, bradar, gritar e, até «lutar na oração». Mas a sua forma mais habitual, porque mais espontânea, é a petição. É pela oração de petição que traduzimos a consciência da nossa relação com Deus: enquanto criaturas, não somos a nossa origem, nem donos das adversidades, nem somos o nosso fim último; mas também, sendo pecadores, sabemos, como cristãos, que nos afastamos do nosso Pai. A petição é já um regresso a Ele (Catecismo 2629).

O Catecismo ainda afirma que “O pedido de perdão é o primeiro movimento da oração de petição (cf. o publicano: «ÓDeus, tem piedade de mim, que sou pecador» (Lc 18, 13). É o preliminar duma oração justa e pura. A humildade confiante repõe-nos na luz da comunhão com o Pai e com o seu Filho Jesus Cristo, bem como dos homens uns com os outros . Nestas condições, «seja o que for que Lhe peçamos, recebê-lo-emos» (1 Jo 3, 22). O pedido de perdão é o preâmbulo da liturgia Eucarística, bem como da oração pessoal” (2631).

Deus sempre responde às nossas orações de petição, embora as respostas nem sempre sejam da maneira como esperamos.

Oração de intercessão

“A intercessão é uma oração de petição que nos conforma de perto com a oração de Jesus. É Ele o único intercessor junto do Pai em favor de todos os homens, em particular dos pecadores” (Catecismo, 2634).

É um tipo de oração, que se encontra na Bíblia. O catecismo explica o que ela significa: “Interceder, pedir a favor de outrem, é próprio, desde Abraão, dum coração conforme com a misericórdia de Deus. No tempo da Igreja, a intercessão cristã participa na de Cristo: é a expressão da comunhão dos santos. Na intercessão, aquele que ora não «olha aos seus próprios interesses, mas aos interesses dos outros» (Fl 2, 4), e chega até a rezar pelos que lhe fazem mal” (2635).

A oração de intercessão pode ser muito poderosa e Deus está especialmente atento aos que rezam pelos que sofrem. Um exemplo deste tipo de intercessão está nos Evangelhos, quando Jesus curou um homem paralítico. Marcos documenta: “Jesus, vendo-lhes a fé, disse ao paralítico: “Filho, perdoados te são os pecados” (Marcos 2,5).

Oração de ação de graças

“A ação de graças caracteriza a oração da Igreja que, ao celebrar a Eucaristia, manifesta e cada vez mais se torna naquilo que é” (Catecismo 2637).

É um tipo comum de oração, porém, não muito praticado. Às vezes rezamos por um pedido específico. Mas, quando Deus atende nossas orações, temos uma tendência a nos esquecer de agradecê-lo.

Jesus demonstrou esta falta quando curou os 10 leprosos, mas somente um voltou para dar graças.

Oração de louvor

O louvor é uma oração diferente da bênção e ação de graças, embora todas elas tenham traços bastante semelhantes. É uma oração que “imediatamente reconhece que Deus é Deus! Canta-O por Si próprio, glorifica-O, não tanto pelo que Ele faz, mas sobretudo pelo que Ele é” (Catecismo 2639).

Este tipo de oração também é encontrado no livro do Apocalipse, onde “os profetas e os santos, todos os que na terra foram mortos por causa do testemunho dado por Jesus, a multidão imensa daqueles que, vindos da grande tribulação, nos precederam no Reino, cantam o louvor da glória d’Aquele que está sentado no trono e do Cordeiro” (Catecismo 2642).

É uma oração que simplesmente exalta Deus por que Ele é Deus, não em referência a nenhum benefício específico ou favor obtido. A celebração da Eucaristia é comumente chamada de “o sacrifício do louvor”.

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