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Preciosíssimo sangue de Jesus: fonte de vida e salvação

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Padre Reginaldo Manzotti - publicado em 06/07/21
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Neste momento difícil, marcado por perdas e incertezas devido à pandemia, peçamos para sermos purificados pelo Preciosíssimo Sangue que brota das Santas Chagas do Senhor

Incrível como o tempo passa rápido. Chegamos ao mês de julho, já estamos no segundo semestre do ano. Diante das dificuldades e sofrimentos que ainda estamos vivendo, somos convidados a não desanimar e a clamar com confiança uma aspersão com o Sangue Redentor, para que cure e restaure a humanidade.  

A devoção ao Preciosíssimo Sangue de Jesus é muito antiga e, para entendê-la, São João Crisóstomo nos desafia. “Quereis conhecer o poder do Sangue de Cristo? Repara de onde começou a correr e de que fonte brotou”.  

Realmente, essa devoção está ligada à Paixão de Jesus Cristo. Foi na Cruz que Ele derramou Seu Sangue para nossa salvação. 

No Antigo Testamento, o sangue era visto como um elemento indispensável, que desempenhava um papel fundamental no organismo humano e animal. O sangue também expressa o caráter expiatório, como vemos em Levítico. “Pois a vida de todo ser vivente está no sangue. É por isso que Deus mandou que o sangue dos animais oferecidos como sacrífico fosse derramado no altar a fim de conseguir o perdão dos pecados do povo. Pois é o sangue, isto é, a vida, que tira os pecados” (Lv 17,11).

As alianças eram com sangue, como a entre Abraão e o Senhor Deus (cf. Gn 15,9-19). O sangue serviu de sinal, na noite da libertação, quando por ordem do Senhor foi passado no batente das portas das casas dos hebreus. Assim, quando o Senhor passou pela terra do Egito ferindo os primogênitos, aqueles cujas casas estavam marcadas com o sangue do cordeiro foram poupados (cf. Êx 12,1-14).

Jesus com Seu Preciosíssimo Sangue sela e inaugura a nova e eterna aliança. Ele é o cordeiro pascal, o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Livremente aceitou o sofrimento e o sacrifício na Cruz para expiar nossos pecados, derramando até a última gota do Seu Sangue. Nosso Salvador remiu-nos “não com sangue dos bodes ou bezerros, mas com o seu próprio Sangue” (cf. Hb 9,12). Como afirma São Pedro, “Ele pagou o preço do nosso resgate com o Seu próprio Sangue, como o de um cordeiro sem defeito nem mancha”.  

O dom de si que Jesus deu de uma vez por todas é um dom que nos é oferecido continuamente pela fé e por meio dos sacramentos, particularmente da Confissão e da Eucaristia.  

Pelo Sacramento da Reconciliação (Confissão), nossos pecados do dia a dia são perdoados e somos lavados no Sangue do Cordeiro imolado na Cruz. São Clemente de Roma escreveu: “Tenhamos os olhos fixos no Sangue de Cristo e compreendamos quanto Ele é precioso para o Seu Pai, pois que, derramado para nossa salvação, proporcionou ao mundo inteiro a graça do arrependimento”. 

Na Eucaristia Jesus é presença real em Corpo, Sangue, Alma e Divindade. Diz São Paulo, “O cálice de bênção, que abençoamos, não é a comunhão do Sangue de Cristo? E o pão, que partimos, não é a comunhão do Corpo de Cristo?” e ainda “Este cálice é a Nova Aliança no meu sangue; todas as vezes que o beberdes, fazei-o em memória de mim. Portanto, todo aquele que comer o pão ou beber o cálice do Senhor indignamente será culpável do corpo e do sangue do Senhor” (1Cor 10,16; 11,25-27).

O sacrifício da Cruz é a forma mais radical do amor ágape e a fonte que gera vida em abundância. Sigamos o que nos ensina nosso intercessor São Pio de Pietrelcina. “Contemplemos com devoção o Sangue de Jesus derramado até a última gota por nós na Cruz pela redenção da humanidade.” 

Como ainda estamos enfrentando um momento difícil, marcado por perdas e incertezas devido à pandemia de Covid-19, seguimos pedindo para sermos “Purificados pelo Preciosíssimo Sangue que brota das Santas Chagas do Senhor”. Nossas intenções durante este mês serão direcionadas para a cura da humanidade, além de pedirmos pelas nossas famílias e pelas intenções particulares. Rezemos juntos:

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