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Especialistas preveem que pandemia acabe no fim do ano

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Riccardo De Luca - Update | Shutterstock

Octavio Messias - publicado em 15/07/21

Apesar da queda na média móvel, novas variantes exigem atenção e cuidado

Temos acompanhado pela internet e pela televisão os Estados Unidos, a Austrália, a Nova Zelândia e diversos países da Europa retomando suas atividades após um controle mais eficiente da pandemia do novo coronavírus, e fica a pergunta: quando será vez do Brasil e de outros países?

Embora o ritmo de vacinação no Brasil ainda seja lento e muitas pessoas continuem resistentes a não se aglomerarem e ao uso de máscara mesmo após mais de 536 mil mortes e 16 meses de pandemia, parece que estamos caminhando para superar esse período trágico em nossa história. No início desta semana, pela primeira vez desde 1º de março o país registrou média móvel abaixo de 1300 mil óbitos. O que é reflexo direto da campanha de imunização no país e pode significar que finalmente estejamos saindo dessa situação.

A GRANDE VIRADA

Com cerca de 15% da nossa população totalmente imunizada e 40% tendo recebido pelo menos a primeira dose, especialistas olham a queda nos números de mortes e internações com otimismo. Em sua coluna no jornal Folha de S. Paulo publicada nesta quarta-feira (14), o epidemiologista Pedro Hallal, professor da Escola Superior de Educação Física da Universidade Federal de Pelotas e coordenador do Epicovid-19, o maior estudo epidemiológico sobre coronavírus no Brasil, prevê que a pandemia no Brasil deve acabar na virada do ano. Na margem de erro, entre novembro de 2021 e fevereiro de 2022. Ele justifica sua estimativa apontando a nítida tendência de declínio da curva de casos, hospitalizações e óbitos decorrentes do vírus. Para ele, as dúvidas acerca da segurança e da eficácia das vacinas vêm sendo respondidas com ótimos resultados. 

OBJETIVO COMUM

O especialista alerta, no entanto, que ainda é muito cedo para “chutar o balde”, uma vez que as novas variantes do vírus (atualmente existem mais de 100 circulando pelo país) ainda representam uma ameaça, pois não se sabe até que ponto as vacinas dão cobertura para todas elas. A variante B.1.621, por exemplo, que chegou ao país por meio das delegações do Equador e da Colômbia durante a Copa América, apresenta maior taxa de transmissibilidade e tem mutação inédita. Para se ter ideia, ela já representa cerca de 24% de todas as infecções na Colômbia, atualmente o terceiro país com pior média móvel no mundo, atrás apenas da Namíbia e da Tunísia. Ou seja, estamos vendo uma luz no fim do túnel, mas ainda é muito cedo para comemorar. Pelo contrário, a situação requer atenção redobrada e um aumento em cuidados como uso de máscara, álcool em gel e distanciamento social. Quanto mais nos unirmos a fim de impedir a propagação do vírus, mais cedo sairemos dessa. Se não houver mais surpresas, até o final do ano. Mas, para isso, precisamos nos unir em torno desse objetivo comum. 

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