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Maria no Antigo e Novo Testamento: Nossa Senhora do Carmo já era prefigurada

Nossa Senhora do Carmo: Maria no Antigo e Novo Testamento

Shutterstock | carlos 401

Dom Fernando Arêas Rifan - publicado em 16/07/21

Maria foi venerada profeticamente antes mesmo de nascer

​Maria no Antigo e Novo Testamento: como a Mãe de Deus já era prefigurada e como essa prefiguração se relaciona com a devoção a Nossa Senhora do Carmo. Este é o assunto de um esclarecedor comentário que dom Fernando Arêas Rifan ​publicou em sua rede social.

Confira a seguir o texto de dom Fernando, que é bispo da Administração Apostólica Pessoal São João Maria Vianney.

Maria no Antigo e Novo Testamento

“Maria, a mãe de Jesus, já tinha sido prefigurada no Antigo Testamento como aquela mulher cujo filho, o Messias, o Salvador da humanidade, esmagaria a cabeça da serpente, do inimigo. E o livro do Apocalipse, que encerra o Novo Testamento, a representa figurativamente naquela mulher coroada de estrelas e vencedora do dragão.

Uma devoção muito divulgada no Brasil e em todo o mundo é a de Nossa Senhora do Carmo ou do Monte Carmelo, devoção da Igreja com raízes no Antigo Testamento. Sua festa é no dia 16 de julho.

Quase na divisa com o Líbano, o monte Carmelo situa-se na terra de Israel. ‘Carmo’, em hebraico, significa ‘vinha’, e ‘El’ é abreviatura que significa ‘Deus’, donde Carmelo é a vinha de Deus. Ali se refugiou o profeta Elias, que lá realizou grandes prodígios, e, depois, o seu sucessor, Eliseu. Na pequena nuvem portadora da chuva após a grande seca, Elias viu simbolicamente Maria, a futura mãe do Messias esperado. Eles reuniram no monte Carmelo os seus discípulos e com eles viviam em ermidas”.

Nossa Senhora do Carmo e os carmelitas

Dom Fernando prossegue:

“Assim, Maria foi venerada profeticamente por esses eremitas e, depois da vinda de Cristo, por seus sucessores cristãos, como Nossa Senhora do Monte Carmelo ou do Carmo.

No século XII, os muçulmanos conquistaram a Terra Santa e começaram a perseguir os cristãos, entre eles os eremitas do Monte Carmelo, muitos dos quais fugiram para a Europa. No ano 1241, o Barão de Grey, da Inglaterra, retornava das Cruzadas com os exércitos cristãos convocados para defender e proteger contra os muçulmanos os peregrinos dos Lugares Santos, e trouxe consigo um grupo de religiosos do Monte Carmelo, doando-lhes uma casa no povoado de Aylesford. Juntou-se a eles um eremita chamado Simão Stock, inglês de família ilustre do condado de Kent. De tal modo se distinguiu na vida religiosa que os Carmelitas o elegeram como Superior Geral da Ordem, que já se espalhara pela Europa”.

O escapulário

O bispo recorda em seguida:

“No dia 16 de julho de 1251, no seu convento de Cambridge, na Inglaterra, rezava o santo para que Nossa Senhora lhe desse um sinal do seu maternal carinho para com a Ordem do Carmo, por ela tão amada, mas então muito perseguida. A Virgem Santíssima ouviu essas preces fervorosas de São Simão Stock, dando-lhe, como prova do seu carinho e de seu amor por aquela Ordem, o Escapulário marrom, como veste de proteção, fazendo-lhe a célebre e consoladora promessa: ‘Recebe, meu filho, este Escapulário da tua Ordem, que será o penhor do privilégio que eu alcancei para ti e para todos os filhos do Carmo. Todo aquele que morrer com este Escapulário será preservado do fogo eterno. É, pois, um sinal de salvação, uma defesa nos perigos e um penhor da minha especial proteção’.

Por isso, os católicos fervorosos usam tão valiosa veste: ‘O sagrado Escapulário, como veste mariana, é penhor e sinal da proteção de Deus’ (Pio XII). Aliado a uma vida cristã, o escapulário é garantia de bênçãos e de salvação”.

Dom Fernando Arêas Rifan
Bispo da Administração Apostólica Pessoal São João Maria Vianney

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