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O perigo de viver no auto-engano

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Dean Drobot | Shutterstock

Orfa Astorga - publicado em 19/07/21

Se sou tudo o que construí com mentiras e, de repente, perco tudo isso, então quem sou eu afinal?

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Um dia atendi uma pessoa que foi internada em um hospital psiquiátrico depois de perder a consciência e a razão, ignorando a verdade sobre si mesma e entrando em profunda depressão.

Em nosso encontro, ela não falou nada sobre culpa e arrependimento. Segundo ela, jamais havia feito nada de errado. E caso tivesse cometido algum erro, tinha sido sem querer. Ela tinha profunda reprovação em relação aos outros.

Em histórias como essa, a conscientização sobre os maus atos diminui. Considera-se aceitável o que não é aceitável. Ou desconsidera-se a gravidade daquilo que é muito sério.

São histórias com raciocínio tais como:

  • “Eu tenho direito a um pouco de ar no ar, minha esposa não precisa saber.”
  • “Eu desviei dinheiro, mas só um pouquinho.”
  • “Eu minto, mas todo mundo mente.”
  • “Eu admito que não era certo, mas…”

E, por fim, essas pessoas param de fazer qualquer consideração moral, porque “quem não vive como pensa acaba pensando como vive”.

Gravidade

Quando tais pessoas estão nessa condição, evitam tudo o que possa fazê-las refletir ou sentir a necessidade de apelar para as forças do espírito, para encontrar a verdade, interessando-se apenas em se mover na superfície das coisas. Eles têm a covardia de não querer se enfrentar.

Dessa forma, elas se sentem livres para construir sua própria consciência, tornando o auto-engano um modo de vida, mentindo, ouvindo e acreditando em si mesmas; porque, segundo elas, é assim que as coisas funcionam para elas.

Assim, elas se tornam reis de seu próprio reino de miséria, ao serem infiéis à esposa, no seu dever de pai, amigo, filho, irmão, trabalhador, cidadão etc. É claro, com certos limites, marcados não por sua prudência, mas por sua astúcia para manter as aparências.

E quando se sentem descobertos, geralmente são agressivos.

Finalmente, quando o destino os atinge inevitavelmente, seu castelo construído sobre a areia desmorona, sem que muitas vezes se reconheçam péssimos construtores, por causa da arrogância.

Pessoas cujo epitáfio poderia muito bem ser escrito: “Aqui jaz o falso eu daqueles que viveram a vida inteira fora da realidade de si mesmo e dos outros”.

É assim, porque no drama do auto-engano, a primeira coisa que se perde é a consciência, e então a cabeça, a compreensão do real, para finalmente advir o desastre moral e uma abundância de desastres em todos os aspectos da vida.

No entanto, muitas dessas pessoas têm sua chance, quando a consciência ainda é capaz de alertá-las de que vivem em auto-engano. Momentos em que sua sensibilidade e inteligência ainda são desafiadas e, se decidem ouvi-las, têm esperança de que a salvação esteja lutando para recuperar algo, ou até mesmo toda a verdade deles mesmos.

E, neste caso, antes tarde do que nunca.

O entendimento é a consciência da verdade, e quem a perde entre as mentiras de sua vida, é como se perdesse a si mesmo, porque nunca se encontrará ou se conhecerá, e se tornará outra mentira em que, no final de sua vida, não restará nada de seu verdadeiro eu.

Tags:
moralPecadoPsicologia
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