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Já está próximo o grande dia do Perdão de Assis: saiba como ganhar a indulgência plenária

São Francisco de Assis

SJ Shutter - Shutterstock

Francisco Vêneto - publicado em 22/07/21

A especial "Indulgência da Porciúncula" pode ser conseguida para si próprio ou para as almas do purgatório: confira as condições

Já está próximo o grande dia do Perdão de Assis, ou da Indulgência da Porciúncula, que é celebrado do meio-dia de 1º de agosto até a meia-noite de 2 de agosto: nesse período, todos os fiéis católicos que visitarem qualquer igreja franciscana, em qualquer lugar do mundo, poderão obter uma especial indulgência plenária, seja para si próprios, seja para as almas do purgatório.

Obviamente, não basta fazer a vista: é preciso cumprir as condições habituais para se ganhar qualquer indulgência plenária, ou seja:

  • A confissão sacramental, feita desde alguns dias antes até alguns dias depois de realizado o ato enriquecido de indulgência, e acompanhada pela firme rejeição de todo pecado e afeto ao pecado, inclusive venial;
  • A comunhão eucarística;
  • A oração pelas intenções do Papa, podendo ser, por exemplo, um Pai-Nosso, uma Ave-Maria e um Glória.

O Papa Francisco assim resumiu essa oportunidade de indulgência e os requisitos para quem quiser consegui-la:

“Trata-se de uma indulgência plenária que pode ser recebida aproximando-se dos sacramentos da Confissão e da Eucaristia, visitando uma igreja paroquial ou franciscana, recitando o Credo, o Pai-Nosso e rezando pelo Papa e pelas suas intenções. A indulgência também pode ser concedida a uma pessoa falecida”.

O que são as indulgências?

A Igreja concede a indulgência plenária mediante diversas práticas de piedade que podem ser realizadas ao longo de todo o ano ou em ocasiões específicas, como é o caso destas visitas a igrejas franciscanas nos dias 1º e 2 de agosto. Essas práticas, repita-se, devem ser acompanhadas pelas três condições habituais listadas acima.

O pe. Paulo Ricardo resume a respeito das indulgências: “A absolvição sacramental livra a pessoa do inferno e a indulgência livra a pessoa do purgatório”. Ele explica que o perdão dos pecados não resolve o problema das doenças espirituais do homem e, portanto, as indulgências são necessárias para que os efeitos do pecado, ainda no coração humano, sejam sanados.

O que é a Porciúncula?

É a pequena igreja que São Francisco de Assis dedicou a Santa Maria dos Anjos. Ela hoje fica dentro da grande Basílica de Assis, construída entre os séculos XVI e XVII.

A igrejinha foi a segunda morada de São Francisco e dos seus primeiros frades. No Domingo de Ramos de 1211, foi lá que São Francisco recebeu a profissão de Santa Clara, dando assim origem à família religiosa das clarissas, de inspiração franciscana. A Porciúncula foi ainda o local em que, na tarde de 3 de outubro de 1226, São Francisco partiu deste mundo para a Casa do Pai.

Qual é a história da “Indulgência da Porciúncula” ou “Perdão de Assis”?

A Indulgência da Porciúncula foi concedida em 1216, quando São Francisco partiu para a cidade de Perúgia a fim de falar com o Papa Honório III após uma aparição de Jesus e Maria, rodeados por anjos, dentro da Porciúncula.

Durante essa aparição, Francisco tinha pedido a Jesus que concedesse uma indulgência a todas as pessoas que visitassem aquela igreja. Nosso Senhor atendeu ao pedido, mas sob a condição de que o santo fosse até Perúgia e solicitasse do Papa esse favor tão desejado. O Santo Padre o concedeu.

Foi um enorme presente obtido por São Francisco para as almas que ele tanto amava. Antigamente, a obtenção de indulgências era muito difícil para os fiéis, que precisavam partir em peregrinação a lugares distantes como a Terra Santa. Com a Indulgência da Porciúncula, porém, o assim chamado “Perdão de Assis” pode agora ser concedido em todas as igrejas franciscanas do mundo, cumpridas as condições habituais de qualquer indulgência.

Em 1966, por ocasião do 750º aniversário da concessão da Indulgência da Porciúncula, o Papa Paulo VI publicou a carta apostólica Sacrosancta Portiunculae Ecclesia, na qual indica, em referência às peregrinações dos fiéis:

“Queira Deus que a peregrinação transmitida durante séculos à igreja da Porciúncula, que Nosso mesmo predecessor João XXIII empreendeu com ânimo piedoso, não termine, mas, antes, cresça continuamente a multidão de fiéis que ali acorrem ao encontro com Cristo rico em misericórdia e com sua Mãe, que sempre intercede perante Ele”.

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