O pe. Zezinho recorda que Jesus nem sempre fazia milagres: concedia uns, negava outros. Via rede social, o sacerdote brasileiro escreveu:
"Jesus operava milagres, mas nem sempre. Alguns pediam e ele concedia. Outros o desafiavam e ele se negava a mostrar seu poder. E várias vezes ele se antecipava e curava a quem nem sequer lhe pedira. Era gratuidade!
Antecipou-se ao ver o povo com fome. Previu e multiplicou 5 pães e 2 peixes. Ninguém pedira isso. Ele previu. E mandou recolher as sobras. Não aceitava desperdício!
E antecipou-se curando o paralítico na piscina. Curou longe dos olhos da multidão. Mas não fez nenhum milagre quando fariseus pediram um sinal. Não usava do seu poder a menos que fosse necessário".
O padre prossegue:
"Duvido que, nos dias de hoje, Jesus curasse diante de câmeras e microfones. E duvido também que ele marcasse lugar, dia e hora para fazer milagres. Para ele, a graça não dependia do espetáculo da fé. Ele não fazia milagres para procurar novos discípulos. Quem quis ir com ele nem sempre foi convidado: Jesus mandou que ele evangelizasse na sua própria família! Chegou a propor que seus seguidores fossem embora se não gostassem do seu jeito de pregar seu evangelho.
A espetacularização da fé interessa apenas aos que procuram discípulos para encher seus templos, mas não a Jesus, que só fazia milagres quando sentia que realmente alguém precisasse de cura".
O pe. Zezinho foi adiante:
"Padres, pastores e leigos de todas as igrejas fariam bem em estudar os milagres de Jesus. Também aos que invocam o Espírito Santo para conseguir graças garantidas em missas, cultos ou em determinados encontros. Invocar não é conseguir!
Jesus nem sempre fez o que lhe pediam. Ele mesmo invocou o Pai com humildade: que, 'se possível', o Pai o poupasse daquela dor. Mas em seguida aceitou o que viesse.
Resumindo: milagres 'induzidos' quase sempre são milagres 'produzidos' pela esperta equipe que anunciou que eles aconteceriam. Os milagres de Jesus vinham dele e com critério. Operava quando achava que deveria operar. Era graça gratuita e oportuna e nunca oportunista.
Leiamos Mateus 7,15-25. Jesus mandou tomar cuidado com falsos fazedores de milagres ou profecias. Disse que não abençoaria esse tipo de pregador que usasse seu nome em seu próprio proveito".