Documento dos EUA aponta que a mutação do coronavírus é tão transmissível quanto a catapora ou sarampo
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Em fevereiro de 2020, assistimos pela televisão aos efeitos devastadores da pandemia do novo coronavírus em países como Itália, Inglaterra, Espanha e Estados Unidos. Pelo fato de o vírus ter demorado mais para desembarcar no Brasil, tivemos pelo menos um mês de vantagem para nos preparar e nos proteger da pandemia que inevitavelmente chegaria ao país. Em vez disso, celebramos o Carnaval e nos tornamos um dos países que mais sofreram com a Covid-19. Agora, novamente pela televisão, vemos que esses mesmos países, que já estavam começando a sair da pandemia devido ao avanço da vacinação, começam a dar um passo para trás por conta da disseminação da variante delta, mas transmissível. E o que estamos fazendo? Flexibilizando as normas de restrição.
Como catapora ou sarampo
Se nos espelhássemos nos países onde a variante delta começou a circular mais cedo, começaríamos a tomar as devidas precauções desde já, antes que uma terceira onda assole o Brasil. Principalmente porque a delta já está há meses circulando por aqui. Um documento do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos aponta que a variante é tão transmissível quanto catapora e sarampo. As vacinas continuam amplamente eficazes contra morte, internação e até infecção com a delta (nos EUA, 97% das hospitalizações são de cidadãos que deixaram de se vacinar), mas pessoas com imunização completa podem transmitir tanto quanto pessoas não vacinadas.
Multiplicação de casos
O documento aponta um estudo em uma pequena cidade no estado de Massachussets em que a variante rapidamente se multiplicou para 469 casos, apesar da imunização completa de 75% de sua população. Um hospital em San Francisco viu a taxa de internação saltar de uma pessoa para 40 em apenas dois meses. Os casos ativos diários nos EUA foram de 11.229 para 66.900 – ou seja, quintuplicaram – em apenas um mês. Enquanto a média de transmissão do coronavírus original é de 2,5 pessoas por infectado, um paciente contaminado pela delta tende transmitir o vírus para outras quatro pessoas.
Passo para trás
Depois de o presidente Joe Biden ter anunciado a não-obrigatoriedade do uso de máscara em lugares públicos, a delta está fazendo com que o país volte atrás nas flexibilizações em cidades onde o vírus está crescendo. Por aqui ainda não foram anunciadas medidas oficiais de contenção da variante delta, mas, uma vez que ela se encontra entre nós, é importante que tenhamos a iniciativa. Mesmo que estejamos vacinados, devemos continuar usando máscara, álcool gel e evitando aglomerações, senão por nós, pelo próximo. Afinal, estamos todos juntos nessa batalha. E quanto mais cedo contivermos a disseminação do coronavírus e de todas as suas variantes, tão logo retomaremos nossas vidas como elas eram.