A gigantesca explosão em Beirute completa 1 ano neste dia 4 de agosto, em meio a uma tristemente vasta maioria de lembranças negativas e traumáticas.
O Líbano já vinha sofrendo uma longa e pesada crise econômica, social e política desde bem antes do desastre que devastou a zona portuária da capital, e os acontecimentos daquele dia que assombrou o mundo em plena pandemia de covid-19 tornaram pior o que já era bastante complicado.
Entre as dezenas de vidas perdidas, os milhares de machucados e os prejuízos materiais difíceis de calcular, a sequência de más notícias parecia infindável. De fato, o país continua até hoje mergulhado na crise e são remotas as perspectivas de recuperação no médio prazo.
Ainda assim, alguns sinais trouxeram esperança e inspiração à população libanesa, em particular aos católicos:
Joe Elias Akiki foi um dos mais de cem cidadãos libaneses considerados desaparecidos logo após a tragédia, enquanto o país contava dezenas de mortos e milhares de feridos.
Quando o seu corpo foi encontrado, três dias depois, nos escombros de um prédio que havia desabado, descobriu-se que Joe tinha tido companhia: em uma de suas mãos, o jovem de 23 anos segurava firmemente um pequeno Crucifixo, que o acompanhara na partida deste mundo rumo à eternidade.
Ainda entre as muitas imagens que foram amplamente compartilhadas nas redes sociais enquanto Beirute e o país tentavam redefinir os seus rumos após as mega-explosões, chamaram bastante atenção as fotos de uma estátua de Nossa Senhora que permaneceu intacta dentro de um nicho que dava para uma rua gravemente atingida pelo impacto destrutivo.
As fotos foram divulgadas no Twitter pela conta Maronitas_es, que publica informação em língua espanhola sobre os católicos libaneses de tradição maronita:
"Esta é uma estátua da Mãe de Deus em uma rua de Beirute. Tudo atrás dela está destruído e sua estátua sobreviveu à explosão".