O pe. Zezinho publicou em sua rede social uma reflexão pessoal sobre o dia do padre, que tradicionalmente celebramos em 4 de agosto por ser a festa litúrgica de São João Maria Vianney, pároco santo que é o padroeiro de todos os sacerdotes católicos.
Em seu comentário, o pe. Zezinho reflete sobre o fato de que “a vocação nos faz instrumentos”. Ele escreveu:
“Sou padre há 55 anos e desde o tempo de teologia fui lembrado por nossos mestres que não éramos e nem seríamos perfeitos. Ninguém é! Mas todos os pregadores de retiro diziam que a vocação do padre é um dom para o indivíduo em função da comunidade e da Igreja. Não é sempre uma coroa de louros.
Num dos retiros e palestras que eu pregava, eu mostrava a foto de uma enxada dentada. Ela batera numa pedra duríssima. Mesmo assim, o ‘Seo’ Adriano a usava. ‘Seo’ Adriano, ao mostrar a enxada, dizia: ‘Eu sei usá-la. Tem defeito, mas ainda cavoca, cava e planta! Peguei amor a ela’.
Entendo que qualquer vocação nos faz instrumentos. E somente a enxada que nunca ou raramente foi usada será elogiada pela sua aparência. As outras terão sofrer reparos de tempos em tempos. E algumas serão guardadas em outra sala de ferramentas. Deram o que tinham que dar”.
“Só Deus sabe o cansaço dos consagrados”
O sacerdote prossegue, no contexto do mês das vocações e do dia do padre:
“Só Deus sabe se o cansaço dos consagrados no sacerdócio, na vida religiosa e no casamento e no celibato sofreu desgaste a ponto de não terem mais forças para prosseguir.
É por isto que no mês de agosto os católicos oram pelas vocações.
Perseverar é muito difícil em todos serviços e chamados. É sempre uma escalada! Subir o morro da vocação com um fardo maior do que o sujeito, só se consegue com muita ajuda!
Oremos por todos sem exceção. Só Deus sabe a história de cada qual! Feliz de quem encontrou um Cireneu pelo caminho”.
Festividade do dia
