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Estudo revela o impacto da Covid-19 sobre padres e outros religiosos

PRIEST

Pascal Deloche | Godong

Reportagem local - J-P Mauro - publicado em 06/08/21

A Associated Press sugere que a pandemia pode ter agravado ainda mais a escassez de padres católicos em alguns países

Mais de um ano após o início da pandemia, a Associated Press (AP) examinou o efeito da Covid-19 sobre os religiosos católicos.

O relatório se concentra em dados de alguns dos países mais afetados pela pandemia, observando que nem todos os que sucumbiram à doença eram idosos, embora estes obviamente representem a maior porcentagem de vítimas.

Muitos dos falecidos adoeceram enquanto trabalhavam na linha de frente com profissionais de saúde. Além disso, a Associated Press sugere que a pandemia pode ter agravado ainda mais a escassez de padres católicos em alguns países.

Índia

Na primavera de 2021, houve um aumento drástico nos casos de Covid-19 e consequentes mortes na Índia. De acordo com a AP, no mês de abril morreram dois padres ou freiras por dia no país.

As taxas de mortalidade foram mais altas nas regiões que sofreram por causa do clima. No início da onda de infecções deste ano, as condições climáticas impediram a distribuição de vacinas. Estima-se que mais de 500 padres e freiras morreram de Covid desde meados de abril na Índia.

Itália e Brasil

A Itália foi um dos países mais afetados no início da pandemia. Estima-se que 292 padres diocesanos morreram entre março de 2020 e março de 2021 pela Covid-19. Este número é quase igual ao de novas ordens no mesmo período, 299.

Da mesma forma, o Brasil tem visto taxas muito altas de infecção entre padres católicos. A AP relata o contágio de cerca de 1.400 padres brasileiros, 65 dos quais morreram. Entre as vítimas fatais estão três bispos e o cardeal Eusébio Scheid, de 88 anos.

Estados Unidos

A pandemia de Covid-19 também impactou gravemente os Estados Unidos. Mas o relatório da AP indica que não há estatísticas disponíveis a esse respeito. Desde março de 2020, mais de 600.000 americanos morreram pela doença.

Embora o relatório não mencione números específicos, ele indica que centenas de freiras morreram. Essas mortes ocorreram em todo o país e, na maioria dos casos, aconteceram entre pessoas que vivem em comunidades.

Muitas das vítimas eram freiras aposentadas que trabalharam na área de educação ou medicina. Somente a ordem das Irmãs Felicianas, por exemplo, perdeu 21 religiosas em quatro conventos.

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