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São João Maria Vianney: o pároco que quis ser “cancelado”

John Vianney

Fred de Noyelle | Godong

Philip Kosloski - publicado em 06/08/21

Quando um grupo fez um documento para tirá-lo do cargo de pároco, São João Maria Vianney pediu para ver a petição e ele mesmo a assinou!

São João Maria Vianney é amplamente conhecido por sua santidade como simples pároco. No entanto, durante sua vida, muitos paroquianos e clérigos queriam que ele fosse “cancelado”.

Eles não gostavam da maneira como ele pregava e das horas que passava no confessionário.

Uma biografia do século 19 escrita por Abbé Alfred Monnin explica a oposição que ele enfrentou:

[Uma] reunião foi realizada com alguns dos clérigos mais influentes, e se chegou à resolução de fazer uma reclamação formal ao novo Bispo de Belley sobre o zelo imprudente e o entusiasmo travesso desse cura ignorante e tolo. Esta intenção foi dada a conhecer a Vianney, numa carta escrita por um dos membros nos termos mais amargos e contundentes.

A carta incluía uma petição para remover São João Maria Vianney de seu cargo de pároco. Mas quando ele próprio viu o documento, foi em frente e também o assinou!

“Eu esperava diariamente”, disse ele, “ser expulso com golpes de minha paróquia; ser silenciado e condenado a terminar meus dias na prisão, como um justo castigo por ter ousado ficar tanto tempo em um lugar onde eu só poderia ser um estorvo para qualquer bem.” Uma dessas cartas de acusação caiu em suas mãos, ele a endossou com seu próprio nome e a enviou a seus superiores. “Desta vez”, disse ele, “eles certamente terão sucesso, pois têm minha própria assinatura”.

São João Vianney não tinha medo de ser “cancelado”, porque não queria atrapalhar a obra de Deus. Ele era um mero instrumento, e se Deus não precisava mais dele, ele estava contente com tal destino.

São João Maria Vianney e a definição do orgulho

Além disso, ele acreditava que o orgulho era um pecado mortal, e, em certa homilia, detalhou com o que um homem orgulhoso se parecia:

O orgulhoso está sempre se depreciando, para que as pessoas o elogiem ainda mais. Quanto mais o orgulhoso se rebaixa, mais procura elevar seu miserável nada. Ele relata o que fez e o que não fez; alimenta sua imaginação com o que foi dito em elogio a ele; nunca se contenta com elogios. Vejam, meus filhos, se vocês apenas mostrarem um pouco de desagrado contra um homem que se entrega ao amor próprio, ele se zanga e os acusa de ignorância ou injustiça para com ele.

A chave da humildade

Em vez disso, ele acreditava que a chave para a humildade era se ver como você é diante de Deus.

Meus filhos, somos na realidade apenas o que somos aos olhos de Deus e nada mais. Não é muito claro e evidente que não somos nada, que nada podemos fazer, que somos muito infelizes? Podemos perder de vista nossos pecados e deixar de nos humilhar?

Se considerássemos bem o que somos, a humildade seria fácil para nós e o demônio do orgulho não teria mais espaço em nosso coração.

A chave da humildade

Acima de tudo, São João Maria Vianney aceitou cada cruz em sua vida como vinda das mãos de Deus.

Ele não tentou se defender e, em várias ocasiões, estava disposto a ser destituído do cargo de pároco.

De fato, São João Maria Vianney simplesmente queria transmitir a mensagem de Deus, não a palavra dele.

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