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Como a comunicação não-violenta pode evitar conflitos

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Octavio Messias - publicado em 09/08/21
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Cuidado com a forma como nos expressamos e prática da escuta ativa são antídotos contra mal entendidos

"Quando Pedro me fala de Paulo, sei mais de Pedro que de Paulo." A máxima expõe a maneira como tendemos a projetar sobre o outro aquilo que na verdade está em nós.

Quantos julgamentos e críticas precipitados não fazemos no dia a dia, com base muito mais em nossos preconceitos e presunções do que, de fato, em um conhecimento pleno dos sujeitos envolvidos e suas atitudes.

Especialmente em tempos de redes sociais, quando muitos dos comentários não seriam feitos olho no olho, é preciso ter máximo cuidado com o que se fala e, especialmente, como se fala. Uma frase mal formulada ou uma palavra fora do lugar podem dar início a uma discussão que seria facilmente evitada se as partes prestassem mais atenção.

É nesse preceito que se baseia a Comunicação Não-Violenta, ou CNV, um método desenvolvido pelo psicólogo norte-americano Marshall Rosenberg (1934-2015), com base na filosofia de Mohandas Gandhi, que vem sendo continuado por pesquisadores no mundo todo. 

Marshall entendeu que existe uma confusão entre as esferas pessoal, interpessoal e social, e propôs que se faça distinções de modo a evitar dinâmicas classificatórias, dominadoras e desresponsabilizantes, que rotulem ou enquadrem o outro. Entre elas está a distinção entre observações e juízos de valor, ou seja, o quanto projetamos sobre aquilo que encergamos. Assim como entre sentimentos e opiniões, pois tendemos a nos posicionar muito mais com base no que sentimos do que de uma maneira racional e isenta.

Além de necessidades ou valores universais e estratégias, pois muitas vezes uma atitude visa uma finalidade específica, da qual muitas vezes não nos damos conta. De modo geral, essas distinções tendem a fazer com que a outra parte não se sinta ameaçada, acuada, acusada, envergonhada, menosprezada, coagida e ameaçada, onde estaria a origem de tantos conflitos desnecessários. Resumindo, em vez de emitir julgamentos entre bom ou mau, certo ou errado, devemos expressar sentimentos e necessidades.  

Outro fator fundamental no exercício de uma comunicação não violenta é a prática da escuta ativa. Em diálogos e especialmente em discussões, tendemos a sempre procurar uma brecha para falar ou para retrucar em vez de na verdade escutarmos o que o outro está tentando dizer.

Uma boa tática em momentos de conflito é repetir mentalmente o que o outro está dizendo antes do nos anteciparmos em réplicas e julgamentos. Além disso, para se expressar melhor, assim como para apurar a compreensão do outro, precisamos dar nome àquilo que estamos sentindo, o que evita inúmeros mal-entendidos. Confira, a seguir, uma lista de sentimentos básicos utilizada na CNV e recorra a ela sempre que não souber como está se sentindo. 

Agradecido(a) 

Comovido(a) 

Eufórico(a) 

Realizado(a)

Alegre 

Confiante 

Feliz 

Relaxado(a)

Alerta 

Confortável 

Impressionado(a) 

Satisfeito(a)

Aliviado (a) 

Contente 

Inspirado(a) 

Solidário(a)

Amoroso(a) 

Curioso(a) 

Interessado(a) 

Surpreso(a)

Animado(a) Deslumbrado(a) Intrigado(a) Tranquilo(a)

Apaixonado(a) 

Esperançoso(a) 

Orgulhoso(a)

Cheio(a) de energia 

Estimulado(a) 

Otimista

Medo

Ansiedade

Raiva

Frustração

Tristeza

Luto

Ansioso(a) 

Aborrecido(a) 

Cansado(a)

Apavorado(a) 

Agoniado(a) 

Chateado(a)

Apreensivo(a) 

Agressivo(a)

Com pena/dó

Cauteloso(a) 

Arrogante 

Com saudades

Chocado(a) 

Chocado(a) 

Depressivo(a)

Confuso(a) 

Colerico(a) 

Desapontado(a)

Constrangido(a) 

Critico(a) 

Desencorajado(a)

Culpado(a) 

Decepcionado(a) 

Desesperançado(a)

Desconfiado(a) 

Enciumado(a) 

Desgostoso(a)

Desconfortável 

Enojado(a) 

Desolado(a)

Desorientado(a) 

Exasperado(a) 

Entediado(a)

Embaraçado(a) 

Frustrado(a) 

Exausto(a)

Envergonhado(a) 

Histérico(a) 

Magoado(a)

Estressado(a) 

Hostil 

Melancólico (a)

Horrorizado(a)

Indignado(a) 

Nostálgico(a)

Impaciente 

Invejoso(a) 

Perdido(a)

Incrédulo(a) 

Irado(a) 

Retraido(a)

Indeciso(a) 

Irritado(a) 

Solitário(a)

Intrigado(a) 

Nervoso(a) 

Sozinho(a)

Medroso(a) 

Perturbado(a) 

Triste

Modesto(a) 

Rabugento(a)

Nervoso(a) 

Revoltado(a)

Preocupado(a) 

Vingativo(a)

Prudente

Relutante

Surpreso(a)

Tímido

Abandonado(a) 

Depreciado(a) 

Invisivel 

Rebaixado(a)

Abusado(a) 

Enganado(a) 

Incompreendido(a) 

Traido(a)

Atacado(a) 

Humilhado(a) 

Manipulado(a) 

Usado(a)

Apressado(a)

Ignorado(a) 

Negligenciado(a)

Desconsiderado (a) 

Intimidado(a) 

Rejeitado(a)

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