O Papa Francisco afirmou hoje que devemos o caminho dos Mandamentos, mas olhando para o amor a Cristo rumo ao encontro com Cristo.
Em sua catequese com os peregrinos reunidos na Sala Paulo VI, no Vaticano, o Papa falou sobre a lei de Moisés.
Quando Paulo, na Carta aos Gálatas, fala da Lei – explicou o Papa –, ele se refere normalmente à Lei mosaica, a Lei de Moisés, os Dez Mandamentos.
O Papa Francisco explicou que a observância da Lei garantiu ao povo os benefícios da Aliança e assegurou a sua ligação especial com Deus.
O Apóstolo explica aos Gálatas que, na realidade, a Aliança com Deus e a Lei mosaica não estão indissoluvelmente ligadas. O primeiro elemento em que se baseia é que a Aliança estabelecida por Deus com Abraão se fundava na fé no cumprimento da promessa e não na observância da Lei, que ainda não existia. Abraão começou a caminhar muitos séculos antes da Lei. O Apóstolo escreve: «Afirmo, pois: a Lei, que chegou quatrocentos e trinta anos mais tarde [com Moisés], não pode anular o testamento feito por Deus [com Abraão], em boa e devida forma, e não pode anular a promessa. Pois, se a herança se obtivesse pela Lei, já não proviria da promessa. Ora, foi pela promessa que Deus concedeu a sua graça a Abraão» (Gl 3, 17-18). A promessa existia antes da Lei e a promessa a Abraão, a Lei, chegou 430 anos mais tarde. A palavra “promessa” é muito importante: o povo de Deus, nós cristãos, caminhamos pela vida olhando para uma promessa; a promessa é precisamente o que nos atrai, atrai-nos para o encontro com o Senhor.
O Papa afirmou que a Lei não é a base da Aliança porque veio mais tarde, foi necessária e justa, mas primeiro houve a promessa, a Aliança.
De acordo com o Papa, "esta primeira exposição do Apóstolo aos Gálatas apresenta a novidade radical da vida cristã: todos aqueles que têm fé em Jesus Cristo são chamados a viver no Espírito Santo, que liberta da Lei, levando-a ao mesmo tempo a cumprimento segundo o mandamento do amor".