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É preciso seguir o missal com fidelidade e não com “criatividade”, diz bispo brasileiro

Padre celebra Missa

Thoom | Shutterstock

Reportagem local - publicado em 12/08/21

Dom Luiz Henrique da Silva Brito fomenta a unidade entre os fiéis que assistem à Missa em rito anterior ou posterior ao Vaticano II

É preciso seguir o missal com fidelidade e não com “criatividade”, recordou o bispo brasileiro dom Luiz Henrique da Silva Brito, da diocese de Barra do Piraí-Volta Redonda, RJ.

Dom Luiz Henrique emitiu um comunicado para instruir sobre a aplicação, na sua diocese, do motu proprio “Traditionis custodes”, recentemente escrito pelo Papa Francisco. Nesse documento, o Papa estabelece novas normas sobre os ritos aprovados para a celebração da Missa. O bispo de Barra do Piraí-Volta Redonda comenta:

“Em carta aos bispos que acompanha o referido motu proprio, o papa Francisco deplora que em muitos lugares não se celebra de uma maneira fiel às prescrições do novo Missal, mas este chegou a entender-se como uma autorização, e inclusive como uma obrigação à criatividade”.

Seguir o missal com fidelidade e não com “criatividade”

De fato, na carta em apresentou o motu proprio aos bispos do mundo inteiro, o Papa Francisco afirmou que não existe apenas uma “crescente rejeição da reforma litúrgica” e “do Concílio Vaticano II” como um todo, mas também existem “abusos nas celebrações litúrgicas de um lado e do outro”. Com base nesta observação do próprio Papa, o bispo de Barra do Piraí-Volta Redonda enfatiza a importância do “cuidado que devemos ter para com a liturgia em consonância ao que prescrevem as normas emanadas pela Santa Sé”.

O Papa também determinou que os bispos que autorizarem a celebração da missa tradicional devem nomear para esta finalidade um delegado episcopal, bem como determinar local e horário para estas celebrações em que igrejas que não sejam paroquiais. Considerando essa determinação, dom Luiz Henrique recorda que, na sua diocese, a Capelania Pessoal Nossa Senhora do Perpétuo Socorro atende os fiéis que desejam participar da Santa Missa no rito anterior ao das reformas do Vaticano II. Ele acrescenta, aliás, que isto não representa qualquer atrito ou divisão na comunidade:

“Longe de causar divisões, contribui para o enriquecimento espiritual e litúrgico dessa Igreja particular. Os fiéis ligados ao Missal de 1962 fazem parte da mesma comunidade de fiéis que constituem a diocese de Barra do Piraí-Volta Redonda e não expressam qualquer rejeição à legitimidade da reforma litúrgica de 1970 e do Concílio Vaticano II”.

Dom Luiz Henrique ainda reforçou que todos os fiéis, clérigos e leigos da diocese são chamados a ser “sinal daquela unidade tão querida por Cristo em respeito aos diversos carismas que o Espírito Santo infunde em sua Igreja”.

Na diocese de Barra do Piraí-Volta Redonda, as Missas no rito pré-conciliar podem ser celebradas todos os dias, inclusive aos domingos, tanto na igreja de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro quanto na de São José Operário. As leituras da Missa, conforme estabelece o motu proprio, devem ser feitas na língua vernácula. O delegado episcopal é o padre José Edilson de Lima.

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