O problema do jovem rico era o dinheiro, afirmou em sua rede social o pe. Wellington José de Castro, da arquidiocese de Campo Grande, MS. O problema era a indecisão quanto a desapegar-se completamente.
O padre escreveu:
“‘Mestre, que devo fazer de bom para possuir a vida eterna?’ […] Jesus respondeu: ‘Se queres ser perfeito, vai, vende tudo o que tens, dá o dinheiro aos pobres e terás um tesouro no céu. Depois, vem e segue-me’. Quando ouviu isso, o jovem foi embora cheio de tristeza, porque era muito rico…
Conhecemos muito bem este trecho do Evangelho. É chamado por muitos ‘a passagem do jovem rico’, mas poderia ser ‘a passagem do padre Wellington’, ou do Pedro, do Luís, da Maria, da Patrícia… Na verdade, de todos aqueles que, por causa de seus apegos, de seus projetos, de seus vícios, de seus pecados, também se entristecem porque se dão conta de que ainda não conseguem seguir Jesus como deveriam, porque estão presos, acorrentados às coisas que passam.
Aqui o problema do jovem era o dinheiro, já que disse cumprir todos os mandamentos, quando indagado por Jesus. Mas lhe faltava ainda algo – e certamente o mais difícil – que era decidir-se totalmente pelas coisas de Deus, deixar todo o supérfluo e seguir, com a cruz de cada dia, a Nosso Senhor.
Às vezes também somos assim: nos achamos bons, cheios de virtudes, cumpridores da lei e dos mandamentos; no entanto, ainda estamos muito presos a coisas, pessoas, cargos, redes sociais, ideias, partidos, mitos, crenças…
O pecado entristece-nos, torna-nos amargos, irritados, sem brilho e nos faz querer ir embora, para longe de Deus, da Graça… Sejamos espertos! O Senhor espera-nos, mas não nos promete um mar de rosas, mas cruzes, perseguições, lutas, suor… No fim, porém, um tesouro no Céu, pois só Deus é bom!”
