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Como ajudar a irmã Gloria, freira sequestrada por jihadistas há 4 anos?

IRMÃ GLORIA CECILIA NARVAEZ

Hermanas Franciscanas de María Inmaculada

Francisco Vêneto - publicado em 23/08/21

A canadense Edith Blais, que conseguiu fugir do mesmo cativeiro, mantém viva a esperança, mas compartilha também o temor

Como ajudar a irmã Gloria Cecilia Narváez, freira sequestrada por jihadistas há 4 anos e 6 meses na África? Quem se pergunta e estende a pergunta a todos nós é a canadense Edith Blais, que passou 5 meses no cativeiro junto com a freira colombiana da congregação das Irmãs Franciscanas de Maria Imaculada.

Edith conseguiu escapar em março de 2020 do Grupo de Apoio ao Islã e aos Muçulmanos (GSIM), uma facção terrorista que a raptou em Burkina Faso em dezembro de 2018. Mas a irmã Gloria, que já tinha sido raptada antes, continua refém até hoje.

GLORIA CECILIA ALVAREZ

Esperança e preocupação

Um depoimento da canadense foi enviado à Agência Fides pelo pe. Pierluigi Maccalli, da Sociedade para as Missões Africanas, ele próprio sequestrado por milicianos jihadistas em 17 de setembro de 2018 e libertado em 8 de outubro de 2020. A nota de Edith demonstra esperança e ao mesmo tempo preocupação com o destino da freira colombiana.

“Ela compartilhou tudo o que tinha comigo. A irmã Gloria me ajudou muito durante o meu confinamento no deserto. Ela é uma grande mulher, profundamente abnegada, e me entristece muito saber que foi exatamente essa característica o que a levou para aquele inferno. Ela dedicou a vida a ajudar os outros, indo para países pobres e perigosos com o propósito de apoiar mulheres e cuidar da saúde de crianças pequenas, que, provavelmente, não teriam sobrevivido sem essa benevolência.

Edith continua o seu depoimento dizendo:

“Eu gostaria de compartilhar uma história real, uma verdade que, infelizmente, continua existindo hoje. Estava trabalhando num orfanato quando um grupo de rebeldes entrou pedindo dinheiro. As mulheres que trabalhavam lá não tinham o que os terroristas procuravam, porque viviam com quase nada. Temendo que os agressores machucassem as suas companheiras, a irmã implorou que a escolhessem caso pretendessem machucar alguém, porque ela era a mais velha das quatro. De fato, eles fugiram do orfanato levando-a consigo para o deserto, de motocicleta. Uma viagem que durou vários dias e que a marcou para sempre. A irmã Gloria ficou profundamente afetada pela síndrome de estresse pós-traumático e está sozinha. O sofrimento que ela sente é grande, mas ela continua forte e não perde as esperanças. Sempre manteve a fé em Deus, na vida e na humanidade”.

Como ajudar a irmã Gloria, freira sequestrada por jihadistas há 4 anos?

A canadense termina o seu apelo chamando todos a continuarem mantendo viva a esperança e a história da irmã Gloria Cecilia Narváez, para que a humanidade pense nela e a traga no coração, como eu a trago no meu”.

Além de rezar pela vida e pelo bem da irmã Gloria Cecilia, outra forma de ajudar, a ela e às muitas outras pessoas que vivem infernos semelhantes, é divulgar ao máximo o drama que ela está vivendo, a fim de pressionar os organismos internacionais a agirem com mais empenho e eficácia em defesa das pessoas nos lugares mais abandonados à violência de criminosos e fanáticos.

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