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Frade torturado e morto por nazistas está a caminho dos altares

Padre Placido Cortese

Courtesy of Congrégation pour la cause des saints

Père Placido Cortese

Francisco Vêneto - publicado em 31/08/21

Ele serviu aos perseguidos pelo regime nazista-fascista, mesmo consciente dos riscos que corria

O padre Placido Cortese foi um frade franciscano a quem os nazistas torturaram e assassinaram durante a Segunda Guerra Mundial. Suas virtudes foram reconhecidas pela Congregação para as Causas dos Santos mediante decreto que o Papa Francisco aprovou nesta última segunda-feira, 30 de agosto, o que abre o seu caminho rumo aos altares.

Segundo a Congregação para as Causas dos Santos, de fato, a referência a Deus era constante na vida do pe. Cortese, que tinha “a capacidade de manter o recolhimento em meio às ocupações cotidianas” – e isto não foi diferente sob as brutais provações impostas pelo nazismo.

Nicolò Cortese, seu nome de batismo, nasceu em 7 de março de 1907 em Cherso, localidade que hoje pertence à Croácia, mas na época fazia parte da Itália. Ainda adolescente, em 1920, ele entrou no seminário dos frades menores conventuais de Pádua, vindo a fazer a primeira profissão dos votos religiosos em 1924. Terminou os estudos teológicos em Roma e, depois de emitir os votos solenes em 1928, recebeu a ordenação sacerdotal em 6 de julho de 1930. Como sacerdote, trabalhou pastoralmente na Basílica de Santo Antônio de Pádua.

Foi transferido em 1933 para a igreja da Imaculada e de Santo Antônio, que, na época, estava em construção em Milão. Em 1937, retornou à Basílica de Santo Antônio, em Pádua, como diretor da revista Il Messaggero di Sant’Antonio. Ainda naquele ano foi nomeado custódio provincial. Em 1940, já com a guerra em curso, mudou-se para o convento de São Francisco de Cherso.

Frade torturado e morto por nazistas

A pedido do núncio apostólico na Itália, o pe. Cortese prestou assistência aos cidadãos croatas e eslovenos apresionados em campos de concentração italianos. Depois do armistício de 8 de setembro de 1943, o sacerdote ajudou a facilitar a fuga de prisioneiros aliados e de quaisquer outras pessoas perseguidas pelos nazistas, como os judeus.

Em decorrência disso, acabou sendo preso em 8 de outubro de 1944 na frente da Basílica de Santo Antônio. Levado para o quartel nazista em Trieste, foi torturado e morto no início de novembro do mesmo ano.

A Congregação para as Causas dos Santos ressalta a disponibilidade do pe. Cortese de servir aos perseguidos pelo regime nazista-fascista, mesmo consciente dos riscos que corria.

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