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Café reduz risco de morte por doenças cardíacas

Memorize versículos da Bíblia que inspirem seu cotidiano

Pazargic Liviu | Shutterstock

Octavio Messias - publicado em 01/09/21

Bebida tem efeitos anti-inflamatórias e antioxidantes sobre o organismo

O dia sempre começa com ele, quentinho em uma garrafa térmica, esperando para te dar um empurrãozinho nas tarefas do dia a dia. O café dá energia, atenção e foco, além de ter propriedades que fazem bem à saúde. O mais completo estudo já realizado sobre o tema, coordenado pela Universidade Semmelweis, na Hungria, e divulgado pela Sociedade Europeia de Cardiologia indica que três xícaras de café ao dia podem reduzir o risco de morte por doenças cardíacas. Segundo a análise envolvendo 468 mil participantes na faixa dos 56 anos de idade, a bebida reduz em 21% o risco de derrames e em 17% as chances de morte por doença cardiovascular. 

Aliado conhecido

O café já era considerado um aliado da saúde, principalmente por seus efeitos anti-inflamatórios e antioxidantes, o que faz muito bem ao fígado, por exemplo. Um levantamento recente das Universidades de Edimburgo e Southampton, no Reino Unido, revelou que o consumo da bebida pode estar associado a uma redução de 21% nos riscos de doenças hepáticas. Ele também é um velho conhecido na prevenção de doenças degenerativas, como Parkinson e Alzeihmer. “O café é amplamente acessível e os benefícios que vimos em nosso estudo podem significar que ele pode oferecer um tratamento com potencial preventivo para doenças hepáticas crônicas”, disse Oliver Kennedy, da Universidade de Southampton, principal autor do estudo.

Parcimônia

O café é bom e faz bem, mas, como tudo na vida, deve ser usado com moderação. Como sua ação no organismo tem cerca de seis horas de duração, a bebida pode causar insônia e prejudicar a qualidade do sono. Estudos também indicam que, quando consumido em execesso, o café pode provocar arritmia, irritabilidade e nervosismo. Um estudo da USP divulgado em 2019 indica que a cafeína em excesso pode estar associada a problemas de pressão alta em pessoas com predisposição à hipertensão. Além disso, a bebida não é recomendada, nem com moderação, a gestantes, sob o risco do feto manter um peso abaixo do esperado e até de aborto espontâneo.

Hábito recente

Com 90% da população adulta no mundo como consumidora, pode parecer que o homem não existe sem café, mas na verdade ele só entrou na dieta ocidental no século XVII, quando chegou à Europa vindo da África, depois de ter passado pelo Oriente Médio. É apontado, inclusive, como um co-responsável pelo advento da Revolução Industrial e do Iluminismo no século XVIII – o filósofo Voltaire consumia cerca de 70 taças da bebida por dia. Diderot, Beethoven, Newton e Balzac foram conhecidos entusiastas do café. As chamadas coffee houses, em Londres, recebiam os principais intelectuais da época para debaterem ideias, sempre com uma xícara na mão. 

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