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Papa Francisco: “Tenho medo dos diabos educados”

Papa Francisco

Antoine Mekary | ALETEIA

Francisco Vêneto - publicado em 01/09/21

"Os 'diabos educados' tocam a campainha, pedem licença, entram na sua casa, se fazem de amigos", descreveu o Papa

“Tenho medo dos diabos educados”, declarou o Papa Francisco durante uma entrevista que concedeu ao jornalista Carlos Herrera, da rede católica espanhola de rádio Cope. Segundo o pontífice, que em várias ocasiões ratificou a existência do demônio como criatura espiritual real, a ação diabólica pode tentar qualquer um – inclusive dentro da Igreja.

Não se trata de nenhuma novidade que um Papa reafirme que mesmo o Vaticano pode sofrer, e sofre, os ataques do mal. São Paulo VI, por exemplo, declarou, com imensa repercussão, que “a fumaça de Satanás” havia entrado na Igreja.

Ao longo da entrevista que foi transmitida hoje pela manhã, 1º de setembro, o Papa Francisco afirmou:

“O diabo está em toda a parte, mas eu tenho mais medo é dos ‘diabos educados’, os que tocam a campainha, pedem licença, que entram na sua casa, se fazem de amigos. Jesus também falou desses. Ele disse: ‘Quando um espírito imundo sai de um homem’, ou seja, quando ele se converte e muda de vida, ‘passa por lugares áridos procurando descanso, e, não o encontrando, diz: Voltarei para a casa de onde saí. Quando chega, encontra a casa varrida e em ordem. Então vai e traz outros sete espíritos piores do que ele, e, entrando, passam a viver ali. E o estado final daquele homem torna-se pior do que o primeiro’. Entra com outra atitude: são os diabos educados. A ingenuidade da pessoa deixa entrar e acaba pior do que começou. Tenho pavor dos diabos educados”.

Vários veículos internacionais de imprensa repercutiram as declarações do Papa, ressaltando, como no caso da Rádio Renascença, de Portugal, que faz parte da missão de Francisco lutar contra a desordem no Vaticano.

Sobre isto, o próprio Papa comenta:

“Fui surpreendido com a minha eleição, mas não inventei nada. Procurei executar o que nós, cardeais, dissemos nas reuniões antes do conclave que esperávamos do próximo Papa. Fazer isso, isso e isso. Foi o que tentei fazer. Não inventei nada, estou obedecendo ao que foi combinado naquele momento. O meu projeto de trabalho, a encíclica ‘Evangelii Gaudium’, resume o que os cardeais disseram naquelas circunstâncias. Pedi as atas das reuniões, em que eu também tinha estado presente, e me baseei nisso”.

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