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Cinco grandes discos que completam 50 anos em 2021

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Octavio Messias - publicado em 05/09/21

De Chico Buarque a Led Zeppelin, álbuns que fizeram de 1971 um ano ímpar na história da música

Marcando o fim da era hippie e o começo dos anos 70, o ano de 1971 foi histórico na música. Não por apresentar muitas novidades ou pelo surgimento de grandes tendências, mas por concentrar os discos mais maduros de artistas que haviam sido revelados nos prolíficos anos 1960, músicos ou bandas que haviam se sobressaído em meio à alta profusão de lançamentos e não só sobrevivido à  virada da década, como dado um passo além em sua produção. Álbuns clássicos que sobreviveram ao teste do tempo e que chegam em 2021 ainda relevantes e atuais. E como estamos em uma época de escassez de lançamentos, até pela pandemia do coronavírus, nada melhor do que nos voltarmos aos clássicos. 

1- Construção, Chico Buarque

O cancioneiro poético e sambista de Chico Buarque de Hollanda já estava estabelecido com seus cinco primeiros álbuns solo lançados nos anos 1960, que o colocaram entre os maiores nomes da MPB. E como tantos de sua geração, Chico precisou se exilar do Brasil em fuga do regime militar, tendo se assentado na Itália, onde em 1970 gravou um disco de samba no idioma local, com arranjos de Ennio Morricone. Com essa experiência na bagagem, o cantor voltou no ano seguinte com a missão de gravar um disco que expusesse os problemas do Brasil e ao mesmo tempo passasse incólume pela censura. O resultado foi Construção, que combina samba, tropicalismo e bossa nova, com um lirismo cheio de duplos sentidos e mensagens disfarçadas. A faixa-título até hoje é considerada uma das mais importantes da música brasileira. 

2- Sticky Fingers, Rolling Stones 

Desde o seu surgimento, junto com os Beatles, no começo dos anos 1960, os Rolling Stones acompanharam as principais tendências da década, de um rock’n’roll clássico com tempero blues à efervescência da psicodelia em 1967. Mas foi com Sticky Fingers que os Stones viraram a década em que apresentariam seus trabalhos com mais identidade, com discos densos que ultrapassaram classificações de gênero. E o álbum concentrou alguns dos seus principais clássicos, como Wild Horses, Brown Sugar e Dead Flowers

3- What’s Going On, Marvin Gaye

Primeiro colocado na lista dos 500 melhores discos de todos os tempos, publicada pela revista Rolling Stone no ano passado, What’s Going On foi influenciado pelas tensões da Guerra do Vietnã, que estava no auge, e pelos conflitos familiares e interpessoais que o cantor de soul atravessava. Aos 30 anos, Marvin Gaye queria se destacar da febre da gravadora Motown, da qual era um dos principais expoentes, e o resultado é um disco de arranjos densos com orquestração e naipe de metais, além das maiores performances vocais de sua carreira.

4- Pearl, Janis Joplin

Depois de três álbuns, da meteórica ascensão ao estrelato e dos excessos da fama que renderam inclusive uma passagem pelo Brasil, Janis Joplin morreu de overdose em 1970, aos 27 anos. Além da família e dos fãs, ela deixou um disco pronto, Pearl, seu trabalho mais maduro e musicalmente mais elaborado, que foi lançado postumamente três meses depois, em janeiro de 1970. Reúne baladas de cortar o coração – como Cry Baby, A Woman Left Lonely, My Baby e Trust Me –, que exprimem o estado de melancolia profunda e confusão mental em que a artista se encontrava. 

5- IV, Led Zeppelin

A banda liderada por Robert Plant e Jimmy Page já havia desenvolvido um estilo que depois seria classificado como heavy metal, e lotava arenas e estádios com performances apoteóticas. Seu quarto disco, informalmente chamado IV pois a banda não costumava dar títulos aos seus álbuns, expõe um lado mais lírico e delicado do quarteto inglês. Aparecem porradas típicas (e memoráveis) como Black Dog e Rock’n’Roll, mas também canções densas, elaboradas e sensíveis, como The Battle of Evermore, Going to California e Stairway to Heaven, que se tornou a canção-assinatura da banda. 


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