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Eslováquia afrouxa restrições sanitárias por causa da visita do Papa

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I. Media - publicado em 08/09/21

Medida foi tomada devido ao baixo número de inscritos para participar dos eventos com a presença do Papa Francisco

Os bispos da Eslováquia anunciaram em um comunicado que as pessoas com teste negativo de Covid-19 ou que se recuperaram da doença poderão assistir aos eventos do Papa Francisco na Eslováquia.

O Papa chegará à Eslováquia na noite de 12 de setembro e permanecerá no país por três dias.

A declaração, publicada no site dos bispos, afirma que os participantes precisarão de “um teste negativo ou confirmação de recuperação da Covid-19 referente aos últimos 180 dias”. A publicação ainda oferece orientações sobre as restrições sanitárias.  

Na verdade, esta decisão retrocede às medidas anteriormente anunciadas pela Conferência dos Bispos e autoridades eslovacas, que estipularam que apenas os totalmente vacinados poderiam assistir aos eventos do Papa. 

A vacinação na Eslováquia

A Eslováquia teve uma história conturbada com as vacinas da Covid. Em março, o primeiro-ministro, Igor Matović, renunciou formalmente ao cargo depois de causar uma crise política com um acordo secreto para comprar 2 milhões de doses da vacina russa Sputnik V. A Eslováquia é membro da União Europeia, que não aprovou essa vacina, e vários membros do governo de Matović se opuseram à ideia.

A Hungria (onde o Papa vai fazer uma parada no domingo, 12, para encerrar a Conferência Eucarística Internacional) foi o único país da UE a adotar a vacina russa.

Matović disse que estava tentando aumentar a disponibilidade da vacina na Eslováquia, que ocupa o 9.º lugar na Europa em mortes por população devido à Covid-19.

No início de julho, no entanto, o governo eslovaco anunciou que pretendia vender ou doar as doses do Sputnik V adquiridas devido à baixa demanda pela vacina.

Baixa taxa de vacinação

A mudança de política em relação à visita papal veio após preocupações de que poucas pessoas seriam capazes de comparecer aos eventos do Papa. No país de cerca de 5,5 milhões de habitantes, cerca de 40% estavam totalmente vacinados até o dia 7 de setembro, de acordo com o rastreador de vacinas da Universidade John Hopkins. No entanto, a contagem de casos no país manteve-se baixa desde a primavera.

Em 25 de agosto, o porta-voz dos bispos, Pe. Martin Kramara, confirmou que apenas 30.000 pessoas se inscreveram para assistir à missa do Papa em Sastin-Straze. Já a mídia local informou que aproximadamente 13% do total de 450.000 pessoas esperadas se inscreveram para as celebrações.

Juraj Hrabko, um comentarista político e ex-parlamentar, alertou na televisão estatal, em 28 de agosto, que a Eslováquia poderia enfrentar um “constrangimento nacional” se as restrições não fossem flexibilizadas.

“É verdade que os eslovacos estão acostumados a deixar as coisas para o último momento – mas parece que nem mesmo a autoridade do Papa pode levar crentes a serem vacinados para vê-lo ao vivo”, afirmou Hrabko. Vários políticos e partidos também pediram  uma flexibilização das restrições sanitárias. 

Tempos complicados

No dia 29 de agosto foi lida em todas as paróquias uma carta pastoral dos bispos, encorajando fortemente os fiéis a se inscreverem para os eventos. Dizia o documento:

“Embora estejamos cientes de quão complicada é a situação atual, apelamos ainda mais para que aqueles que não estão impedidos de fazê-lo participem. Nós os convidamos e encorajamos: tragam a necessidade do registro como um sacrifício pela Igreja e a salvação das almas imortais – e venham pessoalmente para formar uma comunidade de unidade de irmãos e irmãs.”

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