O Papa Francisco está fazendo a última viagem de um Papa pela Alitalia, a tradicional companhia italiana que, após 75 anos de história, será extinta por razões econômicas. Seu voo derradeiro está programado para o próximo 15 de outubro.
A Alitalia tem transportado todos os Papas nas suas viagens apostólicas ao exterior desde 1964, quando São Paulo VI visitou a Terra Santa.
No último voo pontifício da companhia, o Papa Francisco foi à Hungria para o encerramento do Congresso Eucarístico Internacional e em seguida visitou a Eslováquia.

Ao se despedir da companhia, o Papa Francisco declarou a bordo do avião quando saudou os jornalistas e a comitiva:
"Bom dia a vocês. Obrigado pela sua companhia. Este voo tem um certo gosto de despedida, porque o mestre de cerimônias [dom Guido Marini] nos deixa, já que foi nomeado bispo. O 'ditador da vez' [dom Dieudonné Datonou, responsável pelas viagens pontifícias] também nos deixa. Ele também foi nomeado bispo e entrega o cargo a um monsenhor, George, indiano [mons. George Jacob Koovakad]: ele sempre sorri, sempre. Será um 'ditador' com um sorriso. A Alitalia nos deixa… São muitas despedidas. Mas retomamos as viagens e isso é algo muito importante, porque levaremos a Palavra e a saudação a muitas pessoas".
A brincadeira do Papa sobre os dois "ditadores" evoca o fato de que os responsáveis pelas viagens pontifícias sempre procuram manter um disciplinado protocolo de segurança, com as atividades cronogramadas - enquanto Francisco gosta de ser espontâneo e nem sempre segue à risca os protocolos estabelecidos.

O encerramento definitivo das atividades da Alitalia foi anunciado em julho, em decorrência de um acordo entre o governo da Itália e a Comissão Europeia que avaliou a grave situação financeira da companhia e a insustentabilidade do custeio prolongado dos seus prejuízos constantes por parte do contribuinte italiano.
Em seu lugar, nasce a ITA, nova companhia aérea estatal que absorverá uma parte dos mais de 10 mil funcionários da Alitalia.