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Papa: o valor de uma pessoa não depende de sucesso nem dinheiro

PAPIEŻ FRANCISZEK

AP/Associated Press/East News

Reportagem local - publicado em 19/09/21

À medida que aumenta o cuidado e a disponibilidade para com os outros, tornamo-nos mais livres interiormente, mais semelhantes a Jesus

O Papa Francisco afirmou hoje que nossa fidelidade ao Senhor depende de nossa disponibilidade para servir.

O tema do “serviço” esteve no centro da mensagem do Santo Padre no Angelus deste domingo, realizado na Praça de São Pedro.

Se quisermos seguir Jesus, devemos percorrer o caminho que ele mesmo traçou, o caminho do serviço.

O Papa explicou a discussão entre os discípulos narrada por Marcos sobre quem entre eles era o maior. E citou a frase que Jesus disse a eles, uma frase “que vale também para nós hoje”: “se alguém quiser ser o primeiro, que seja o último de todos e aquele que serve a todos”.

O valor de uma pessoa não depende mais do papel que ela desempenha, do sucesso que tem, do trabalho que faz, do dinheiro no banco; não, não, não, não depende disso; a grandeza e o sucesso, aos olhos de Deus, têm um padrão, uma medida diferente: são medidos no serviço. Não no que se tem, mas no que se dá. Quer se sobressair? Sirva. Este é o caminho.

Significado de “serviço”

Segundo o Papa, hoje em dia a palavra serviço “parece um pouco desbotada, desgastada pelo uso”. Mas no Evangelho tem um significado preciso e concreto.

Servir não é uma expressão de cortesia: é fazer como Jesus que, resumindo em poucas palavras a sua vida, disse que veio «não para ser servido, mas para servir». Portanto, se quisermos seguir Jesus, devemos percorrer o caminho que ele mesmo traçou, o caminho do serviço.

Nossa fidelidade ao Senhor depende de nossa disponibilidade em servir. E isso, bem o sabemos, custa, geralmente isso custa, “tem gosto de cruz”. Mas, à medida que aumenta o cuidado e a disponibilidade para com os outros, tornamo-nos mais livres interiormente, mais semelhantes a Jesus. Quanto mais servimos, mais sentimos a presença de Deus, sobretudo quando servimos aqueles que não têm nada para nos restituir, os pobres, abraçando suas dificuldades e necessidades, com a terna compaixão: e ali descobrimos ser, por sua vez, amados e abraçados por Deus.

Jesus

O Papa explicou que a criança, no Evangelho, não simboliza tanto a inocência mas a pequenez.

Porque os pequenos, como as crianças, dependem dos outros, dos grandes, têm necessidade de receber. Jesus abraça aquela criança e diz que quem acolhe um pequenino, uma criança, o acolhe.

Eis antes de tudo a quem servir: aqueles que têm necessidade de receber e não tem como retribuir. Acolhendo quem está à margem, abandonado, acolhemos Jesus, porque Ele está ali. E em um pequeno, em um pobre a quem servimos, também nós recebemos o terno abraço de Deus.

O Papa pediu que cada pessoa se perguntasse: “eu, que sigo Jesus, me interesso por quem é mais abandonado?”

Ou, como os discípulos naquele dia, estou em busca de gratificações pessoais? Eu entendo a vida como uma competição para abrir espaço para mim mesmo às custas dos outros ou acho que se sobressair significa servir? E, concretamente: dedico tempo a algum “pequeno”, a uma pessoa que não tem meios para retribuir? Eu cuido de alguém que não pode me retribuir ou apenas de meus parentes e amigos? São perguntas que podemos nos fazer.

“Que a Virgem Maria, humilde serva do Senhor, nos ajude a compreender que o serviço não nos diminui, mas nos faz crescer. E que há mais alegria em dar do que em receber”, encerrou o Papa Francisco.

(Com Vatican News)

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