Recentemente, o Santuário do Cristo Redentor denunciou frequentes "atos hostis" do Instituto Chico Mendes, que administra o entorno
Tem causado polêmica no Brasil um projeto de lei de autoria do deputado estadual Dionísio Lins (Progressista-RJ), apresentado na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), com a proposta de desapropriação do terreno do entorno do monumento ao Cristo Redentor.
A Arquidiocese do Rio de Janeiro é a proprietária do Santuário do Cristo Redentor e do platô em que ele foi construído, no topo do Corcovado. Ela também é responsável pela manutenção do monumento, o que inclui a capela situada em sua base e dedicada a Nossa Senhora Aparecida. Por fim, também cabe à arquidiocese a coordenação das celebrações ali realizadas.

Quanto ao entorno do monumento, a área pertence ao Parque Nacional da Tijuca, hoje administrado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, que, por sua vez, é vinculado ao Ministério do Meio Ambiente.
Para se chegar ao santuário e monumento ao Cristo Redentor, é necessário atravessar a área do Parque Nacional, o que tem causado recorrentes situações constrangedoras como as que foram denunciadas pela reitoria do santuário recentemente. Saiba mais acessando o artigo sugerido ao final desta matéria.
Segundo a proposta apresentada pelo projeto de lei 4855/2021, a gestão do entorno e do terreno onde se localiza o monumento ao Cristo Redentor “ficará a cargo do Poder Executivo, podendo ainda a Secretaria de Estado de Turismo contribuir também na organização do local”; além disso, a “Arquidiocese do Rio de Janeiro poderá, havendo necessidade e legítimo interesse, efetuar convênios para a gestão da área”.
Em entrevista ao jornal O Dia, o deputado Dionísio Lins afirmou:
“Toda essa discussão em torno de quem manda no local vem trazendo prejuízo não só aos cariocas, como também aos milhares de turistas que visitam diariamente o local. Nossa finalidade é a de resguardar a área para que os atos litúrgicos de todas as religiões sejam mantidos”.
As discussões prosseguem, já que muitos detalhes sobre como funcionaria essa gestão precisam ser mais claramente definidos.