separateurCreated with Sketch.

Por que este ultrassom em público afrontou a narrativa pró-aborto e enfureceu a militância abortista?

Ultrassom em público enfurece narrativa pró-aborto
Francisco Vêneto - publicado em 06/10/21
O ultrassom mostrou que o bebê de Ana é o bebê de Ana e não um mero "amontoado de células"

Uma ultrassonografia realizada em público neste último 3 de outubro enfureceu a militância que propaga narrativas pró-aborto, já que mostra que um bebê em gestação é precisamente um bebê em gestação e não um mero "amontoado de células".

O fato ocorreu na Cidade do Mexico durante a Marcha em Favor da Mulher e da Vida, da qual participaram mais de um milhão de manifestantes no país como um todo, sendo 300 mil só na capital.

O ultrassom mostrou o bebê de Ana, uma gestante adolescente que está na 38ª semana de gravidez. Segundo a agência de notícias ACI Prensa, a jovem participou voluntariamente do evento e, além da própria vontade, contou também com o consentimento dos pais.

Confira o vídeo postado por David Ramos, da equipe da mesma agência ACI Prensa no México:

Outros vídeos compartilhados nas redes sociais registraram que, durante o procedimento, foi possível ouvir os batimentos do coração do bebê:

A militância pró-aborto, no entanto, não apenas não se comoveu como ainda se declarou "indignada" com a participação livre e espontânea de Ana, tachando-a de "circo" e "exposição repugnante".

Para a narrativa pró-aborto, Ana é livre para decidir abortar a partir dos 12 anos de idade, mas não é livre para decidir fazer um ultrassom em apoio à causa pró-vida. Para a narrativa abortista, Ana tem o "direito de decidir livremente, de forma autônoma e informada, sobre o corpo e a sexualidade", mas "não há nada de comovente em ver um ultrassom realizado numa grávida adolescente: pelo contrário, é preocupante".

Estas últimas palavras, aliás, foram escritas e publicadas por Guillermo Rafael Santiago Rodríguez, diretor geral do Instituto Mexicano da Juventude (Imjuve), um órgão do governo esquerdista do presidente mexicano Andrés Manuel López Obrador. O militante militou mais ainda e decretou:

Pela "lógica" abortista, não é normal fazer um ultrassom? Não é normal olhar para as imagens de um ultrassom? As imagens reveladas pela ultrassonografia são "ideologia religiosa"? O "direito" ao aborto deveria ser exercido às cegas? É "anormal" fazer um ultrassom que revela à gestante o ser humano vivo e indefeso que se desenvolve em seu útero?

Este nível de irracionalidade raivosa imposto pela militância pró-aborto à própria narrativa não consegue disfarçar o que de fato a enfurece: o desmascaramento da sua suposta "argumentação pró-direitos". Afinal, para impor goela abaixo de todos os cidadãos o inexistente "direito" a exterminar bebês, é preciso exterminar também os fatos - principalmente aqueles que um ultrassom comprova.

A fúria ditatorial da milícia abortista não conhece fronteiras nem lógicas, nem biológicas, nem democráticas.

Basta recordar, por exemplo, que o governo de esquerda da Espanha está discutindo uma lei que leve à cadeia as pessoas pró-vida que rezam em público nas proximidades de clínicas de aborto. Ou que os tribunais argentinos acabam de manter a sentença aberrante de prisão a um médico que não realizou um aborto, optando por salvar a gestante e o bebê.

No mesmo México, que tem sido palco frequente de violentos ataques de vândalas feministas militantes do aborto livre contra igrejas, espaços públicos e policiais, a Comissão Nacional de Direitos Humanos (CNDH) lançou uma "Cartilha sobre Direitos Sexuais de Adolescentes e Jovens", cuja narrativa pró-aborto alega que menores a partir dos 12 anos têm o "direito de decidir de maneira livre e informada sobre a vida reprodutiva" e "sobre o corpo e a sexualidade". A suposta "maneira informada", porém, parece não incluir algo tão básico e óbvio quanto uma ultrassonografia - e, caso a inclua, certamente não deixa claro por qual razão os fatos revelados por um ultrassom não poderiam ser compartilhados em público sem que isto fosse tachado pejorativamente de "circo"...

O uso preconceituoso do termo "circo", de fato, foi feito pelo grupo radical feminista pró-aborto autodenominado "As Bruxas do Mar", que, via Twitter, declararam:

As redes sociais, aliás, e o Twitter em particular, ferveram com impunes ameaças aos manifestantes pró-vida no México durante e após a sua manifestação em prol dos verdadeiros direitos da mulher e do nascituro. Além de receberem mostras de "tolerância e amor" na forma de epítetos como "porcos nojentos" e "psicopatas", ou declarações "pacifistas" como "eu os odeio", ainda receberam dos militantes abortistas explícitas ameaças de agressão.

O que esses militantes que se arrogam o crachá de paladinos dos "direitos", da "democracia", da "tolerância" e da "inclusão" têm a dizer sobre as manifestações das vândalas feministas mexicanas no dia 28 de setembro?

Rodrigo Iván Cortés, presidente da Frente Nacional pela Família, resume aqueles protestos:

Em contraste, qual foi o número de feridos durante e após as marchas em favor das mulheres e da vida no México inteiro em 3 de outubro? Rodrigo responde:

Ele finaliza:

É por isso que, para a narrativa pró-aborto, Rodrigo Iván Cortés também deve ser um "porco nojento" e um "psicopata". Afinal, ele não queimou igrejas, não destruiu pontos de ônibus e não agrediu policiais, mas defendeu a vida de gestantes e bebês e reforçou que o ultrassom de um ser humano em seus estágios iniciais de desenvolvimento mostra bem mais que um "amontoado de células".