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A sedução do mal: o engano que mata o amor

ZAKOCHANI

LL_studio | Shutterstock

Dolors Massot - publicado em 08/10/21

Entenda as três razões pelas quais as feridas causadas pela sedução do mal são tão profundas e dolorosas

No consultório, tenho ouvido pessoas falarem com grande amargura de fraudes amorosas. São expressões de profunda decepção, como: “Ele me falava como um anjo”, “Seu olhar e seus gestos eram sublimes” ou “Ele era capaz das mais ternas carícias.”

Para quem já passou pelo calvário da desilusão amorosa, a ajuda deve consistir em fazer com que a pessoa recupere a confiança necessária para compensar emocionalmente a realidade de que o nosso corpo é a personificação da nossa essência. Além disso, trata-se de uma questão de caráter pessoal e aceitação.

Na verdade, a ajuda deve ser no sentido de permitir às pessoas se apaixonarem por quem, com humildade, reconhece quem é de fato e é transparente nas suas forças e fraquezas.

Um amor com a força do espírito

Trata-se de acreditar no amor pessoal que acrescenta ternura, ingenuidade e carinho ao afeto sensível.

Um amor com força de espírito, que não requer relações sexuais anteriores ao casamento para validá-lo.

Mas existe a maldade da sedução, que busca apenas a relação sexual.

Acontece quando, ao contrário, o corpo é o encobrimento da pessoa, animado não mais pela retidão da intenção, mas pelo espírito do aprisionamento. A malícia torna a pessoa capaz de se apresentar como honesta em sua intenção amorosa. Estamos falando, portanto, de alguém que simula o amor para conseguir o sexo.

Assim, esse indivíduo é capaz de simular pureza, delicadeza, autenticidade… Porém, é apenas a aranha tecendo sua teia perigosa, imperceptivelmente.

A aranha tece sua teia

Aparecem, então, as carícias do erotismo gradual com sua ladeira escorregadia. E, diante da possibilidade de a presa escapar de sua rede, a insinuação de uma rendição sexual com o argumento de que “o que é nosso é para sempre”, e que “não tem nada de errado quando é feito por amor”.

Essas palavras, na verdade, escondem um espírito de ganância que engendra intenções de apropriação e dominação.

Se a presa cai na rede e se torna vítima, logo se torna objeto de luxúria, despertando suspeita, medo e desconfiança como frutos maléficos do fingimento.

Aos poucos, a vítima, cheia de paixão, desperta para a dura realidade de que só está sendo usada.

Então, uma vez que atinge seu objetivo, o sedutor perde o interesse e o respeito pela pessoa, colocando, muitas vezes, fim no relacionamento.

As causas de tanta dor

Por que as feridas causadas pela sedução do mal são tão profundas e dolorosas? Por três razões:

  • somos um espírito encarnado, e é através do corpo que nos vemos, nos manifestamos, sentimos e amamos. Por isso, quando numa relação prevalece a ganância do único objetivo corporal, o espírito do cobiçado é subjugado de tal forma que dói muito, pois tratamento indigno é maltratar nossa humanidade;
  • a sedução pela qual se buscam apenas as relações sexuais engendra violência e outras formas de desprezo físico ou moral que, em uma espiral de submissão, podem expor a vítima ao perigo advindo de uma relação psicopatológica;
  • o amor é o sentimento mais elevado da pessoa e, quando é traído ou distorcido, surge um eclipse da personalidade que arrasta para trás a liberdade interior, a capacidade de se abrir com confiança para os outros e continuar a crescer como pessoa.

Fomos feitos de amor e para amar, então o amor bom e belo “não é feito”, apenas “é” .

Tags:
MalPecadoRelacionamentoSexualidade
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