As representações mais comuns de Nossa Senhora do Rosário mostram a Santíssima Virgem entregando sua "corrente" de orações a São Domingos e Santa Catarina de Sena.
Segundo a tradição, Domingos, o fundador dos Dominicanos, recebeu o Rosário de Nossa Senhora para ajudar em seu trabalho de evangelização na França medieval. Santa Catarina de Sena, outra grande santa medieval dominicana, era uma defensora da reforma e amplamente conhecida por sua piedade e devoção.
Em 1571, o Papa São Pio V (também dominicano) exortou o ocidente cristão a rezar o Rosário. O papa havia reunido uma força naval, a Santa Liga, para navegar ao encontro da marinha otomana na costa da Grécia, em Lepanto.
Apesar de ter algumas vantagens estratégicas - incluindo um novo tipo de fortaleza flutuante chamada galesias - a frota cristã estava em menor número e enfrentava outras desvantagens significativas.
Como a história nos conta, a frota cristã venceu a batalha naquele dia. São Pio V atribuiu a vitória à intercessão de Nossa Senhora, e pediu novamente aos cristãos de toda a parte que recorressem ao Rosário.
São Pio, então, decretou a festa de Nossa Senhora do Rosário (outrora conhecida como “Nossa Senhora da Vitória”) em comemoração à sua proteção.
Hoje, devemos pensar no Rosário como um grande navio de almas. De fato, esta oração a Nossa Senhora é uma embarcação que pode nos levar através dos mares mais tempestuosos da vida.
Catarina de Sena, certa vez, descreveu a Ordem como um navio. Ela relata Jesus orientando-a:
O Rosário é outro grande navio de obediência. Além disso, a oração fiel do Rosário molda o coração. Os exemplos de Jesus, Maria e outros grandes santos incluídos em seus mistérios mostram o caminho da vida cristã.
Os mistérios são, portanto, as velas, fornecendo o caminho para pegar o vento do Espírito Santo. Já as correntes com as Ave-Marias são o cordame, prendendo o vento do Espírito Santo ao convés de nossos corações. E, finalmente, a cruz é a âncora, a verdadeira fonte de nossa esperança.