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Médicos obrigados a praticar aborto: não pode, afirma o Papa Francisco

Médicos obrigados a praticar aborto: aberração

Zoriana Zaitseva | Shutterstock

Francisco Vêneto - publicado em 18/10/21

O pontífice defendeu o direito dos profissionais de saúde à objeção de consciência: "Vocês estão sempre a serviço da vida humana"

Médicos obrigados a praticar aborto contra a própria consciência e liberdade? Isto é absolutamente inaceitável em qualquer democracia – e é vergonhoso, escandaloso e profundamente preocupante que algumas pseudodemocracias, como a da atual Argentina de Alberto Fernández, estejam condenando médicos à cadeia por se recusarem a exterminar vidas humanas no ventre materno quando podem muito bem salvar tanto a gestante quanto o nascituro.

O Papa Francisco se manifestou com clareza e firmeza sobre o aberrante panorama de abuso de poder estatal contra a inviolável liberdade de consciência dos profissionais de saúde.

Defendendo o direito à objeção de consciência como um direito que “nunca deve ser negociável”, o Papa discursou na última quinta-feira, 14 de outubro, aos participantes do Congresso da Sociedade Italiana de Farmacêuticos Hospitalares.

Enquanto países supostamente “democráticos” atacam o direito dos médicos e profissionais de saúde à objeção de consciência em casos como aborto e eutanásia, Francisco recordou a esses profissionais:

“Vocês estão sempre a serviço da vida humana”.

O Papa explicou:

“O farmacêutico, cada um de vocês, usa substâncias medicinais que, no entanto, podem se transformar em venenos. Trata-se de exercer uma vigilância constante, para que o objetivo seja sempre a vida do paciente (…) A objeção de consciência não é deslealdade: pelo contrário, é fidelidade à sua profissão, se validamente motivada”.

Médicos obrigados a praticar aborto? Absurdo ditatorial

Francisco denunciou:

“Hoje está um pouco ‘na moda’ pensar se não seria bom eliminar a objeção de consciência. Mas pensem que esta é a intimidade ética de todo profissional de saúde. Isso nunca deve ser negociado. É justamente a responsabilidade suprema dos profissionais de saúde”.

O Papa destacou que a objeção de consciência é uma forma de “denúncia das injustiças cometidas contra a vida inocente e indefesa”. Especificamente no tocante ao aborto, ele foi explícito:

“Vocês sabem que eu sou muito claro sobre isto: é um assassinato e não é lícito tornar-se cúmplice”.

Francisco finalizou:

“O nosso dever é a proximidade: estar próximo das situações, especialmente das mulheres, para que nem se chegue a pensar na ‘solução’ do aborto, porque, na realidade, ele não é solução. A vida, depois de dez, vinte ou trinta anos, cobra o seu preço. E é preciso estar em um confessionário para entender o preço tão alto disso”.

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