Em 1946, o Escritório Central para o Controle da Imprensa e de Espetáculos foi estabelecido na Polônia, com a missão de garantir que o regime comunista fosse visto favoravelmente, monitorando a publicação de todos os meios de comunicação.
Toda produção editorial e artística era monitorada por censores. E se não combinava com os ideais comunistas, era “corrigida”.
Esse tipo de censura da mídia durou muitos anos na Polônia, mas encontrou um ponto de inflexão durante a década de 1980. Um influente padre polonês, Jerzy Popieluszko, tornou-se protagonista da defesa do acesso à verdade. Suas homilias atraíam grandes multidões, ao mesmo tempo em que eram transmitidas pela Radio Free Europe.
Ele lutou contra o regime comunista e promoveu meios de oposição não violentos.
Muitos se uniram ao seu chamado, e seu exemplo se tornou um dos catalisadores para a queda do comunismo na Polônia alguns anos depois.
No entanto, sua voz contra o Partido teve um preço. O padre Jerzy Popieluszko foi assassinado pela Polícia Secreta em 19 de outubro de 1984. Seu assassinato provocou um clamor ainda maior e revelou a decadência do comunismo na Polônia.
Sua morte acabou lhe rendendo o título de mártir, morto em defesa da verdade.
O Papa Bento XVI disse em sua beatificação, em 2010:
O padre Jerzy Popieluszko nos lembra da importância da verdade e do valor da liberdade.