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Já estamos prontos para voltar à normalidade?

BONFIRE
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Octavio Messias - publicado em 20/10/21
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Com 73,4% da população vacinada com ao menos uma dose e iminência da retirada das restrições, fobia social e medo de sair de casa ainda devem fazer muita gente evitar de sair 

A pandemia nos provou que, além de tudo, somos seres sociais, e que precisamos estar próximos daqueles que nos são queridos para nos sentirmos bem. Apesar de todas as telas e videochamadas que substituíram os encontros no último ano e sete meses, nossas vidas nunca mais foram as mesmas. Agora que 73,4% da população total e mais de 90% da população adulta está vacinada com ao menos a primeira dose da vacina, estamos prontos para retomar a vida como ela era?

O Governo do Estado de São Paulo (Brasil) anunciou para 1º de novembro mais uma etapa no plano de retomada, a autorização para a realização de shows com plateia em pé. Ainda que com controle sanitário e uso de máscara, para muita gente ainda parece um sonho distante. Especialistas afirmam que essa é uma sensação normal, já que um cenário de pandemia e mais de 600 mil mortes mostrou a todos nós o quão frágil é a vida. 

Transição gradual

De modo que muitos de nós talvez ainda estejamos com medo de nos infectar ou de infectar pessoas dos grupos de risco, o que é perfeitamente compreensível. Outros tantos, que já tinham um perfil mais reservado e se isolaram de vez na quarentena, ou até mesmo indivíduos com predisposição à fobia social, devem permanecer sem sair de casa. Portanto, a retomada deve continuar sendo aos poucos e nem todos terão aquele grande reencontro, como dos finais de novela. 

Infectologistas e epidemiologistas ainda evitam fazer previsões quanto ao fim da pandemia, embora ainda estejamos distantes da meta de 70% da população com as duas doses da vacina, o que traria mais tranquilidade a qualquer retomada. Mas no cenário atual, de queda consistente no número de mortes e no número de casos, em vez de mergulhar, ainda é necessário entrar na piscina aos poucos, de preferência pela escadinha.  

O pior pode ter ficado para trás 

A recomendação é retomar aos poucos, evitando se expor ao vírus sem necessidade, de acordo com o quão confortável cada um se sinta, sempre atento às recomendações médicas. E usando máscara enquanto ainda for necessário. 

Estamos no momento mais promissor desde o início da pandemia. Se não surgir nenhuma variante mais poderosa e as vacinas mantiverem a imunização a longo prazo, o pior talvez já tenha passado. Portanto, para seguirmos em frente, precisamos ir devagar. E sempre.