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Como Dorothy Day me ensinou a ser uma mãe melhor

DOROTHY DAY

Public Domain

Cecilia Pigg - publicado em 26/10/21

Eu não esperava que sua vida tocasse tão profundamente a minha

Eu acabei de ler a autobiografia de Dorothy Day, The Long Loneliness. O livro me comoveu profundamente, e ainda estou processando como seu livro e sua vida me tocaram tanto.

Na verdade, uma lição que eu não esperava tirar de sua vida era sobre a maternidade. Dorothy Day foi uma jornalista e ativista social que se converteu ao catolicismo no ápice de sua vida.

Sua causa de canonização foi aberta. Ou seja, atualmente ela é uma “Serva de Deus” na Igreja Católica. Ela sempre quis ter uma família grande, mas acabou sendo mãe solteira de sua filha Tamar a maior parte de sua vida. Embora grande parte do seu trabalho seja sobre justiça social e conversão, seus insights me fizeram refletir sobre o dom da minha maternidade.

Ser mãe, uma vocação

Em primeiro lugar, ela me lembrou da importância da minha vocação como mãe.

Dorothy reflete sobre a alegria de sua infância, explicando que uma boa vida familiar é a coisa mais próxima do Céu que podemos experimentar na Terra.

Ela se lembra com carinho de seu pai e de sua mãe amorosa e de sua amizade com os irmãos. Houve momentos de sua infância em que o pai tinha um emprego bem remunerado e eles viviam confortavelmente. Outras vezes não, e eles viviam de forma simples e austera. Mas eles sempre passavam muito tempo juntos e, por causa disso, ela teve uma infância feliz.

Beleza da fé

Então, quando Dorothy se tornou mãe, ela tomou a decisão de batizar sua filha. Dorothy percebeu que uma coisa que ela deixara de lado ao crescer era a beleza e o fundamento estável da fé, especificamente a fé católica.

Nesse sentido, ela queria fornecer uma base de fé para sua filha. Assim, ela me fez lembrar da importância de cultivar e transmitir a fé em Deus. Ou seja, eu não posso dar por garantida a beleza e a estabilidade da fé católica. E isso foi algo que Dorothy descobriu mais tarde na vida. Eu devo sempre ensinar meus filhos a valorizarem a fé.

Rezar sempre

Em segundo lugar, Dorothy me ensinou a estar em estado constante de oração, mesmo sendo uma mãe muito ocupada.

Sua vida de oração cresceu organicamente, começando antes dela se converter ao catolicismo. Ela não foi criada na fé, mas ao longo de sua vida conheceu católicos e anglicanos que a apresentaram à Bíblia e à liturgia.

Em sua autobiografia, ela explica como era sua vida de oração alguns anos antes de ser batizada católica. Ela começou a rezar enquanto caminhava, tomando consciência da beleza da criação de Deus.

Ela passou a rezar um hino de louvor a Deus enquanto observava o mar. Ela passou a pedir a intercessão de Maria sempre. Alguém lhe deu um terço em algum momento de sua vida, e mesmo que ainda não soubesse rezar, ela tentou.

Embora eu ache essencial dedicar um momento diário de silêncio para conversar com Deus, a vida dela me lembra que eu posso rezar mesmo em meio à loucura da minha rotina de mãe.

Bons amigos(as)

Em terceiro lugar, ela me lembrou que eu preciso do apoio de bons amigos(as) — e ainda ampliou minha ideia de quem poderiam ser esses bons amigos(as).

Dorothy Day tinha amizades dos mais diferentes tipos. Eu, por outro lado, tendo a fazer amizade com pessoas que estão em sintonia com meu estado de vida, ou seja, com mães de crianças pequenas que vão à minha igreja.

Mas Dorothy dedicou seu tempo e energia a uma grande variedade de pessoas. Ela me fez pensar que uma boa amizade não precisa ser alguém no mesmo estado de vida que você, mas que servir aos outros é sempre melhor do que ficar apático e lamentar sua falta de amigos(as).

O testemunho de Dorothy nos faz perceber que nossa vida fica mais plena sempre que nos doamos aos outros. Que bom lembrete para todas as mães. Serva de Deus, Dorothy Day, intercedei por nós!

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