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Para ser feliz nesta e na outra vida

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Evdokimov Maxim | Shutterstock

Vanderlei de Lima - publicado em 02/11/21

Recém-lançado, livro sobre Escatologia reflete sobre o caminho da verdadeira felicidade

Ser feliz de verdade é bastante difícil neste mundo cheio de contradições; mas você, é certo, anseia por isso. Ora, a razão deste artigo é apontar o caminho da verdadeira felicidade para si e para os seus.

Pois bem, a Filosofia, guiada apenas pelas luzes da razão, chega, pelo raciocínio lógico, a afirmar que o ser humano foi feito para a sua plena realização; jamais para a frustração. Contudo, este mundo é cheio de frustrações (doenças, injustiças, maldades etc.). Tem de existir, portanto, o Além para saciar esse desejo inato de vida sem fim, presente em todo homem ou mulher, independente da época, local ou cultura em que esteja inserido. Entretanto, como dizer isso se todos nos defrontaremos com a morte?

Resposta da nossa fé

Aqui, a resposta da nossa fé católica é mais completa do que a da importante, mas limitada razão humana (campo da Filosofia). Pois bem, A , partindo da Revelação de Deus a nós, garante que “a morte não constitui o momento final da existência humana, mas apenas um ponto de passagem; a vida humana prolonga-se para além da morte e é só na fase sucessiva à atual que a nossa vida atinge a plena e definitiva realização” (Battista Mondin. Antropologia Teológica. 3ª ed. São Paulo: Paulinas, 1986, p. 372).

Mais: “com a sua morte, Jesus Cristo derrotou a nossa morte e com a sua ressurreição antecipou a nossa ressurreição. […] Depois da morte e da ressurreição de Cristo, temos uma garantia de que a morte física não marcará o fim de nossa vida e que uma existência melhor nos espera, onde também o nosso corpo sofrerá uma transformação profunda, uma real transfiguração. Só se obterá uma libertação plena e perfeita pela ressurreição gloriosa, porque ainda nos achamos atualmente ‘suspirando pela redenção do nosso corpo’ (Rm 8,232)” (idem, p. 374). 

Síntese segura

Ora, isso é muito importante, mas pouco ensinado. Infelizmente! Daí a razão de ser do nosso livro “Para ser feliz nesta e na outra vida. Brevíssimo tratado de Escatologia” (Cultor de Livros, 2021, 124 páginas). Contém ele a síntese segura do que a Igreja ensina e de como Ela ensina. Distingue o que é de fé do que, embora importante, não ultrapassa a opinião de teólogos. Tudo isso bem fundamentado na Bíblia e na Tradição interpretadas pelo Magistério da Igreja e calçado na opinião de renomados teólogos, além de elucidativas notas de rodapé.

A divisão livro é a tradicional da Igreja ao tratar da Escatologia (parte da Teologia que estuda as últimas – novissima, no latim, e scatá, no grego – coisas da vida). Começa abordando a vida neste mundo e o sofrimento humano (I). Passa aos acontecimentos que dizem respeito a cada pessoa em particular: a morte, o juízo após a morte, o céu, o purgatório, o inferno, o debatido limbo das crianças e a vida consciente da alma separada do corpo no além (II). Chega aos eventos que se referem ao fim da história do universo ou ao fim dos tempos. Por conseguinte, afeta a todos os seres humanos. Aí, se estuda a ressurreição da carne, o juízo universal na segunda vinda gloriosa de Cristo e o fim do mundo (III).

Isso posto, faz-se oportuno tratar também de alguns temas complementares; com esse nome entendemos os assuntos ligados à Escatologia por uma concatenação lógica de ideias, mas que não fazem parte do tratado em si. Aqui, abordamos a reencarnação, a evocação dos mortos e a invocação dos santos, a expressão de fé “Fora da Igreja não há salvação”, Deus, a religião e a Igreja Católica, a essência da Igreja que é, ao mesmo tempo, divina e humana, as indulgências e a existência ou não de vida em outros planetas, à luz da ciência e da fé (IV). Em Apêndice, a famosa aposta de Blaise Pascal, filósofo francês do século XVII, com o título: “É melhor crer ou não crer?”.

Confiantes e tranquilos

Em suma, conhecer a morte – cujo medo demasiado é patológico assim como também o é (salvo casos muito especiais) não sentir temor algum dela – e o seu depois, faz com que sejamos mais confiantes e tranquilos. Isso é o que muito bem nos lembra Dom Fernando A. Rifan, Bispo da Administração Apostólica Pessoal São João Maria Vianney, no belo prefácio à obra.

Queira, pois lê-la e divulgá-la. Ajudará a muitas almas aflitas. Muito grato!

Mais informações aqui.

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