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Um propósito da festa de Cristo Rei: que Ele volte a reinar na vida pública

Cristo Rei

Johannes M. Graf | Shutterstock

Francisco Vêneto - publicado em 05/11/21

"Há três séculos, o laicismo vem trabalhando para suprimir o Cristo da vida pública e social das nações"

A festa de Cristo Rei é celebrada pela Igreja no último domingo do Tempo Comum, quando os fiéis já se preparam para o período litúrgico do Advento. Neste ano, a data recai em 21 de novembro.

O significado e o propósito desta importante celebração nos é recordado pelo beato mexicano Anacleto González Flores em seu livro “Plebiscito de los Mártires“. González, que era advogado, foi torturado e executado durante a Guerra Cristera, brutal perseguição anticatólica promovida no México pelo presidente Plutarco Elías Calles na década de 1920.

O autor, que é reconhecido como patrono dos leigos católicos mexicanos, registra que a festa de Cristo Rei foi estabelecida “para que Cristo volte a reinar na vida pública e social dos povos”, já que, há “cerca de três séculos, os abandeirados do laicismo vêm trabalhando para suprimir o Cristo da vida pública e social das nações”.

González Flores acrescenta a respeito dos que lutam pela supressão de Cristo nas sociedades: “Por desgraça, vão conseguindo muito, a ponto de que as legislações, governos e instituições dos povos se abstêm de reconhecer a supremacia de Cristo” – ou, pior ainda, não apenas não O reconhecem, como ativamente procuram apagá-Lo.

O autor descreve o cenário atual: “afastaram Cristo das leis, das escolas, dos parlamentos, das cátedras, da imprensa… em suma, de todos os pontos dominantes da vida pública e social”.

Com a festa de Cristo Rei, não somente se reproclama a soberania de Jesus em nossa vida, como também se ressalta a nossa responsabilidades, como católicos, no tocante ao reinado de Cristo: Ele não precisa de nós para reinar, mas “quis estabelecer o Seu reinado por meio dos nossos esforços”. E isto o que essa data litúrgica enfatiza.

O laicismo, segundo González Flores, já fracassou “como sistema de vida, de política, de governo e de orientação para os povos”: a humanidade anseia, mesmo que sem saber, pelo seu Rei verdadeiro. Acontece que o reinado público de Cristo “exige que nós, católicos, façamos sentir a ação do nosso pensamento, da nossa palavra, da nossa caneta, dos nossos trabalhos de organização e propaganda”.

O beato reforça que “absolutamente todos nós, católicos, podemos e devemos fazer algo para restabelecer o reinado de Cristo; uns de uma forma, outros de outra; uns com seu talento, outros com seu esforço; mas todos devemos procurar fazer algo sério, constante e coordenado para o restabelecimento público de Cristo”.

Para isso, temos que abandonar “as nossas velhas atitudes de múmias de sacristia e de enterrados vivos nos nossos lares”. Em vez da passividade e da omissão, devemos direcionar “todas as forças católicas” para que “Cristo reine na imprensa, no livro, na escola, nas organizações, nas instituições”. Em suma: no “coração do povo”.

Este é o propósito recordado pela festa de Cristo Rei: que Ele volte a reinar na vida pública e social das nações.

Tags:
IgrejaJesusLiturgiaPerseguição
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