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Tibhirine: a paz no mosteiro violada pelo rapto e martírio dos monges

Martírio dos monges de Tibhirine
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Francisco Vêneto - publicado em 11/11/21
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Após 25 anos, encontro em Roma recordará o legado dos sete monges trapistas martirizados depois de semanas no terror do cativeiro

A paz do mosteiro trapista de Nossa Senhora do Atlas, a 60 quilômetros da capital da Argélia, foi violentamente despedaçada em 26 de março de 1996 pelo sequestro e martírio dos monges da comunidade - todos os sete.

Somente dois meses depois do atentado é que foram achadas as suas cabeças decapitadas, nas proximidades de Medeia.

O martírio dos monges

Na sua alocução após a oração do Regina Coeli de 26 de maio de 1996, o então pontífice reinante São João Paulo II falou sobre a tragédia:

Os sete monges de Tibhirine, martirizados depois de passarem semanas no terror do cativeiro, foram beatificados em Oran, junto com outros doze mártires da Argélia, no dia 8 de dezembro de 2018, na Igreja de Nossa Senhora da Santa Cruz.

Encontro em Roma

Passados 25 anos do seu martírio, um encontro internacional foi agendado em Roma para os dias 3 e 4 de dezembro, a fim de recordar os testemunhos de quem conheceu aqueles monges.

O primeiro dia do evento é reservado a estudantes e visando sensibilizar a comunidade acadêmica para o legado espiritual dos mártires. No segundo dia, aberto a um público mais amplo, será discutida a experiência vivida pelos monges e a divulgação da sua mensagem. Os organizadores do encontro são a Association pour la Protection des Écrits des Sept de l'Atlas e o Comitê Científico dos Escritos de Tibhirine, em parceria com o Pontifício Ateneu Santo Anselmo, com o apoio da Fondation des Monastères e com o patrocínio do Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-Religioso.

Os mártires

Os 7 mártires de Tibhirine são os monges:

    O martírio dos monges nas telas do cinema

    DES HOMMES ET DES DIEUX
    DES HOMMES ET DES DIEUX

    O cineasta Xavier Beauvois transformou o testemunho de martírio dos sete monges de Tibhirine no elogiado filme “Homens e Deuses“, que reflete a consistência da vocação pessoal dos monges, bem como a sua oração, suas dúvidas e suas decisões; a presença de Cristo entre os pobres e o Seu sinal de diálogo e perdão para a humanidade; o discernimento comunitário, difícil, doloroso e ao mesmo tempo alegre, sintetizado magistralmente na última cena, que mostra a passagem da dúvida e do medo à entrega e à paz.

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